Como candidaturas políticas usam segurança pública para desinformar e se apropriam do funk para se aproximar de periferias?

Como candidaturas políticas usam segurança pública para desinformar e se apropriam do funk para se aproximar de periferias?

Ativistas e agentes de territórios periféricos conversam sobre o assunto na terceira roda de saberes promovida neste semestre pela Periferia em Movimento sobre temas que atravessam o dia a dia das quebradas

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A gente sabe que as periferias de São Paulo decidem as eleições. E por conta disso, candidaturas para a Prefeitura ou a Câmara Municipal querem nossos votos. O discurso contra a violência e pela segurança pública é utilizado, com muita mensagem enganosa. Mas também há a apropriação de símbolos da cultura periférica,  como o funk.

Como isso impacta a atuação de movimentos sociais e coletivos que atuam contra o genocídio e a marginalização nas quebradas paulistanas?

Com questionamentos como esse, a Periferia em Movimento realiza a roda de saberes sobre “Política, comunicação e desinformação “. Com entrada gratuita e interpretação em Libras, o encontro acontece no sábado (31/8), às 15h, na casa sede da Periferia em Movimento, localizada na rua Eurico Dias Baptista, 80 – Parque Planalto – Grajaú (Extremo Sul de São Paulo).

Quem chega?

Para a conversa, convidamos três pessoas que abordam essas questões em sua atuação profissional, cultural e política.

Uma delas é a Renata Prado, que é pedagoga e pesquisadora da cultura funk. Renata é idealizadora da Frente Nacional de Mulheres no Funk e ativista na Coalizão Negra Por Direitos. Ela discute a importância da desconstrução dos estereótipos negativos relacionados a mulheres funkeiras, além de trazer como a mídia brasileira se esforça para construir uma narrativa negativa da cultura do funk.

Convidamos também o Denilson, mais conhecido como Mano Lyee, que é ativista, escritor, poeta e educador a partir da cultura hip hop. Mano Lyee foi coordenador do Mês do Hip Hop, que amplia a atuação de agentes do movimento com apoio do poder público em diferentes pontos da cidade de São Paulo. Ele também faz parte da Rede de Proteção e Resistência ao Genocidio, que discute e combate à violência de Estado nos territórios periféricos de São Paulo.

Para completar o trio temos Geralda Ávila, que coordena a Cooperativa Libertas, que atua na formação de possibilidade de renda para mulheres sobreviventes do sistema prisional, com trabalhos de costura e outras artes.

Para a medição, contamos com a presença da Lais Diogo, comunicadora e articuladora na Periferia em Movimento, que completa 15 anos em 2024.

 

Papo de saberes

Essa é a terceira de cinco rodas de saberes relacionando a comunicação com outras questões que atravessam o dia a dia das periferias. O evento faz parte do projeto “Repórter da Quebrada – Gerações Periféricas Conectadas”, que conta com apoio da 8ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia, da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo.

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