A gente sabe que as periferias de São Paulo decidem as eleições. E por conta disso, candidaturas para a Prefeitura ou a Câmara Municipal querem nossos votos. O discurso contra a violência e pela segurança pública é utilizado, com muita mensagem enganosa. Mas também há a apropriação de símbolos da cultura periférica, como o funk.
Como isso impacta a atuação de movimentos sociais e coletivos que atuam contra o genocídio e a marginalização nas quebradas paulistanas?
Com questionamentos como esse, a Periferia em Movimento realiza a roda de saberes sobre “Política, comunicação e desinformação “. Com entrada gratuita e interpretação em Libras, o encontro acontece neste sábado (28/9), às 16h, na casa da Periferia em Movimento, localizada na rua Eurico Dias Baptista, 80 – Parque Planalto – Grajaú (Extremo Sul de São Paulo).
Quem chega?
Para a conversa, convidamos duas pessoas que abordam essas questões em sua atuação profissional, cultural e política.
Uma delas é a Renata Prado, que é pedagoga e pesquisadora da cultura funk. Renata é idealizadora da Frente Nacional de Mulheres no Funk e ativista na Coalizão Negra Por Direitos. Ela discute a importância da desconstrução dos estereótipos negativos relacionados a mulheres funkeiras, além de trazer como a mídia brasileira se esforça para construir uma narrativa negativa da cultura do funk.
Convidamos também o Denilson Ramos, mais conhecido como Mano Lyee, que é ativista, escritor, poeta e educador a partir da cultura hip hop. Mano Lyee foi coordenador do Mês do Hip Hop, que amplia a atuação de agentes do movimento com apoio do poder público em diferentes pontos da cidade de São Paulo. Ele também faz parte da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio, que discute e combate à violência de Estado nos territórios periféricos de São Paulo.
Para a medição, contamos com a presença da Lais Diogo, comunicadora e articuladora na Periferia em Movimento, que completa 15 anos em 2024.
Papo de saberes
Essa é a quarta de cinco rodas de saberes relacionando a comunicação com outras questões que atravessam o dia a dia das periferias. O evento faz parte do projeto “Repórter da Quebrada – Gerações Periféricas Conectadas”, que conta com apoio da 8ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia, da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura de São Paulo.
Laís Diogo