Nesta-terça (11 de setembro), o projeto Usina de Valores e a Universidade Anhanguera – Campo Limpo realizam o debate público “Pela vida das mulheres: desconstruindo o patriarcado”. Gratuito e aberto ao público, o objetivo é proporcionar um diálogo sobre o ciclo de violência que atinge mulheres no Brasil e no mundo. O evento acontece das 19h30 às 21h30.
A mesa será formada por Mafoane Odara, psicóloga e coordenadora de projetos no Instituto AVON; Priscila Gadelha, psicóloga e integrante da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa); e Elânia Francisca, psicóloga e educadora em educação sexual. Durante a conversa, os artistas Helder Oliveira e Fábio Silvestre farão uma intervenção com o projeto “Afeto na Lata“.
Do que se trata?
No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para cada 100 mil mulheres – a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). E de acordo com o Relógio da Violência, do Instituto Maria da Penha, a cada 7.2 segundos uma mulher é vítima de violência física.
Recentemente, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou os resultados preliminares de uma pesquisa sobre a qualidade do atendimento do Judiciário às mulheres vítimas de violência. O resultado mostra a existência de problemas na resolução dos casos de violência de gênero. Entre eles está a falta de juízes em audiências judiciais de violência doméstica e insuficiência do atendimento psicossocial às vítimas.
Além disso, o estudo indica que as mulheres atingidas não entendem ou não recebem esclarecimentos sobre o caso e que, por vezes, são culpabilizadas durante o processo. Um exemplo disso é a obrigação de pagar multas pelo não comparecimento às audiências. Falta de atenção, amparo, resposta efetiva do Estado e de demora da Justiça são algumas das queixas das mulheres.
Neste contexto, o objetivo é conversar sobre os valores que estão por trás das relação de gênero, seja em casa, no trabalho e na sociedade em geral. Será colocado em pauta quais são os desafios e as formas de combate às violências, com o intuito de fomentar caminhos para que mulheres e homens se comprometam com um outro modelo de convivência