Ações nas periferias de SP marcam 5 anos de execução de Marielle e Anderson

Ações nas periferias de SP marcam 5 anos de execução de Marielle e Anderson

De debate sobre mulheres na política a contação de história em quadrinhos, atividades perpetuam legado e questionam quem mandou matar vereadora

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Tempo de leitura: 4 minutos

Nesta terça-feira (14/3), completam-se 5 anos que a então vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes morreram vítimas em um atentado no Rio de Janeiro. Os assassinos confessos Ronnie Lessa (sargente expulso da Polícia Militar fluminense) e Élcio Queiroz (ex-policial militar) estão presos aguardando julgamento, enquanto ainda não há respostas sobre a motivação nem quem mandou cometer o crime.

Uma série de ações estão programadas para acontecer no dia de hoje para marcar a luta por justiça diante do crime político. Estimuladas pelo Instituto Marielle Franco, as atividades ocorrem de forma descentralizada – inclusive nas periferias paulistanas. Confira a programação completa em todo o País clicando aqui.

No Jardim Ângela (zona Sul de São Paulo), movimentos e organizações que compõem o Fórum em Defesa da Vida promovem o evento Somos Sementes de Marielle – Mulheres na Política. A roda de conversa será transmitida no facebook do Fórum e por todo o território nas salas de alfabetização adulta. Acompanhe aqui a partir das 19h.

Com a proposta de semear a certeza de que outra periferia é possível, o ato virtual vai reunir a vereadora Jussara Basso (PSOL), a co-vereadora Débora Dias, do mandato coletivo Quilombo Periférico (PSOL) e a apresentação de dados compilados pela Casa Sofia (que acolhe mulheres vítimas de violência).

Mais cedo, às 15h30, a Rede de Sementes composta por voluntárias de todo País realiza contação de história da história em quadrinhos Marielle Franco Raízes. A HQ acompanha a adolescência da Mari e os caminhos que levaram ela até a faculdade. Participantes vão receber um exemplar gratuitamente. A contação de histórias ocorre na Oficina Cultural Alfredo Volpi, na rua Américo Salvador Novelli, 416, em Itaquera (zona Leste de São Paulo).

Em Osasco (município da região metropolitana), 0 coletivo Mulheres de Oz Somos Nós promove o Anoitecer por Marielle. A partir das 17h, o grupo se concentra embaixo da ponte metálica da avenida dos Autonomistas, de onde deve sair em caminhada.

Na Vila Alzira, em Santo André, o PSOL local organiza um ato político com inauguração de uma arte da vereadora e apresentação do grupo Samba de Maria, do MTST; e do poeta e rapper Edson Luiz. A partir das 18h30, na rua Alzira, 41.

5 anos em busca de respostas

Na noite de 14 de março de 2018, o veículo em que Marielle estava – e que era conduzido por Anderson – foi alvejado por 13 tiros no Centro do Rio. Marielle, que foi a quinta vereadora mais votada daquela legislatura, tinha acabado de sair de uma roda de conversa com mulheres pretas, e foi assassinada com quatro tiros na cabeça.

Mulher, negra, mãe, lésbica, “cria” da Maré, socióloga, militante pelos direitos das mulheres, negros, favelados e pessoas LGBTQIA+. Cinco anos depois, o crime ainda não foi totalmente elucidado.

Desde então, o caso segue sendo colocado em evidência e reuniões com as autoridades competentes para incidência e acompanhamento do caso junto ao Comitê Justiça por Marielle e Anderson, composto pelo Instituto Marielle Franco, pelas viúvas Mônica Benício e Agatha Reis, e as organizações Justiça Global e Anistia Internacional.

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