Encontros virtuais debatem racismo ambiental, democracia e saúde mental na pandemia

Encontros virtuais debatem racismo ambiental, democracia e saúde mental na pandemia

Os próximos dias serão marcados por atividades de alcance local e global: a Caminhada pela Vida e pela Paz, na zona Sul de SP; e a Conferência sobre Mudanças Climáticas (COP26), na Escócia

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Tempo de leitura: 5 minutos

Foto em destaque: Capão Redondo, agosto 2020 (Daniel Silvestre)

Os próximos dias serão marcados por atividades de alcance local e global. Na periferia da zona Sul de São Paulo, o dia de finados (2/11) é data habitual para a Caminhada pela Vida e pela Paz, que começou com denúncias sobre a violência estatal nas quebradas e chega à 26º edição. Já em âmbito mundial, a próxima semana tem na agenda a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que também chega à 26ª edição e reúne lideranças de todo o planeta para falar de futuro.

E tanto para o evento articulado localmente quanto para a internacional, organizações realizam encontros virtuais pra esquentar a discussão. Confira abaixo!

Este conteúdo aplica Linguagem Neutra e impessoal. Saiba mais aqui!

Direito à vida

Nesta última semana de outubro, o Fórum em Defesa da Vida realiza um ciclo de eventos on-line para debater temas importantes para a luta. Saiba mais aqui. Acompanhe sempre às 19h, nas páginas do facebook do Fórum, do Centro de Direitos Humanos e Educação Popular – CDHEP Campo Limpo ou no youtube da Sociedade Santos Mártires.

O primeiro encontro foi realizado na última segunda-feira (25/10), com uma discussão sobre o legado do educador Paulo Freire. Já nesta terça (26/10), a assistente social Maria Edijane Alves (da Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio) e Claudinho Silva (do grupo SOS Racismo na Assembleia Legislativa) debatem “Violência, ditadura e democracia”, com mediação da jornalista Gisele Alexandre.

Na quarta-feira (27/10), o tema é “Saúde mental, luto e os rituais apagados com a pandemia” e tem a participação de Julia Malvezzi (Coletivo Ubuntu de Saúde e Cidadania no Cursinho Popular Ubuntu) e Cristina Andreza (ativista na Luta dos Direitos Humanos), com mediação de Carlos Eduardo Mendes (Fórum de Pesquisadores da M’ Boi Mirim e Campo Limpo)

E na sexta-feira (29/10), a live “Esperançar ontem e hoje: memória e atualidade das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs)” apresenta o lançamento do livro “Fé e Política – As lutas das Comunidades Eclesiais de Base em Embu das Artes”. Com mediação de Regina Paixão (da Sociedade Santos Mártires), o evento conta com participação de Sonia Regina de Azevedo (CEBs no Embu das Artes), Maria Isabel Lopes Corrêa (organizadora do Livro) e Lucila Pizani (CDHEP).

Caminhada pela Vida e pela Paz se repete desde 1996 na região do Jardim Ângela (Foto Adimildo Martinho)

Contra o racismo ambiental

A poucos dias do início da COP26, o movimento negro questiona: Qual é o modelo de desenvolvimento que queremos para os próximos anos? Vamos denunciar o racismo ambiental? E também aponta: o colapso climático é racista e consequência de uma sociedade que produz desigualdades de forma sistêmica e proposital. Uma sociedade consumista, que precisa responsabilizar os verdadeiros culpados pelo agravamento da emergência climática.

Por isso, nesta quinta-feira (28/10), o Instituto de Referência Negra Peregum, a Uneafro Brasil e a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) fazem o debate on-line “Sem justiça racial não há justiça climática”. A atividade será transmitida ao vivo, a partir das 19h, pelo youtube da Uneafro. Para receber certificado de participação, é necessário se inscrever aqui.

Entre participantes, estão: Kátia Penha (CONAQ), Douglas Belchior (historiador, co-fundador da Uneafro Brasil e da Coalizão Negra por Direitos), Elza Fátima (Cedenpa – Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará), Eliete Paraguassú (pescadora, marisqueira quilombola e liderança da Ilha de Maré, em Salvador), e Diosmar Filho(coordenador do projeto Amazônia Legal Urbana). A mediação é do jornalista Pedro Borges.

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