Estamos durante o Setembro Amarelo, campanha que acontece anualmente neste mês para conscientizar e prevenir a população a respeito do suicídio. Afinal, a saúde mental é uma questão urgente de nossa época e afeta especialmente mulheres negras e pobres.
De acordo com o relatório “Esgotadas: empobrecimento, a sobrecarga de cuidado e o sofrimento psíquico das mulheres”, da organização não governamental Think Olga, quase metade (45%) das mulheres brasileiras possui um diagnóstico de ansiedade, depressão ou algum outro transtorno mental no contexto pós-pandemia de covid-19.
A discriminação racial desumaniza a pessoa e pode potencializar o surgimento de doenças e síndromes que prejudicam a saúde mental, como ansiedade, depressão e burnout. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o índice de suicídio entre adolescentes e jovens negros no Brasil é 45% maior do que entre brancos.
E segundo o Estudo sobre Saúde Mental e Bem-estar de Adolescentes realizado com jovens do Brasil, da Índia e do Quênia e encomendado pela Plan International, os principais fatores que levam ao sofrimento emocional são externos, causados pelos ambientes onde vivem. Entre os motivos, estão a pobreza, a violência física e/ou sexual e as normas de gênero.
Um caminho possível a ser buscado são os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), divididos em categorias e níveis de complexidade que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS). Na cidade de São Paulo, existem 97 unidades do CAPS que atendem com acolhimento parcial ou integral, sendo 32 voltados para crianças e adolescentes, 33 para adultos e 32 exclusivos para o atendimento em álcool e drogas. Confira o endereço mais próximo clicando aqui.
Em caso de necessidade, procure ajuda também com o Centro de Valorização da Vida (CVV). O atendimento telefônico pelo número 188 acontece 24 horas por dia, todos os dias do ano. Também é possível buscar ajuda pelo site.
Cuidados na quebrada
Recentemente, a ANIP (Aceleradora de Negócios de Impacto Periféricos) lançou o edital “Periferia que Cuida”, para capacitar e apoiar 32 iniciativas e negócios que buscam a saúde integral nas periferias. A partir dessa seleção e de outras indicações, a Periferia em Movimento elaborou uma lista com projetos que promovem a saúde mental nas quebradas. Confira abaixo:
– Acolher&Cuidar: Com atendimento e plantão psicológico, psiquiátrico e psicopedagógico, a clínica fundada durante a pandemia desmistifica a terapia como algo elitizado. O espaço funciona na rua Luís Baldinato 01, no Jardim Dionísio. Saiba mais.
– Casa Cíclica: estúdio de pilates e ioga restaurativa, promove a meditação e a saúde integral a partir do Jardim São Luís. A primeira aula pode ser agendada gratuitamente. Saiba mais aqui.
– Espaço Harmonia: Liderado pela profissional Morgana Fagundes, o espaço atende que sofre com depressão, ansiedade, baixa auto estima, insônia, fibromialgia, pânico, qualquer tipo de dor ou simplesmente quer relaxar conhecer um lugar aconchegante e tranquilo. Fica na rua: Nova Providência, no Parque Bologne. Saiba mais aqui.
– Bem me quero: Parte do núcleo social do Instituto Favela da Paz, o projeto promove a saúde integrativa e o bem estar no Jardim Nakamura com reiki, massoterapia, acupuntura, radiestesia terapêutica, entre outros serviços. Agende um atendimento.
– Patrícia Santos Massoterapeuta: Com serviços de massoterapia e ventosaterapia, a profissional atende em espaço no Jardim Lucélia, Grajaú. Agendamento e informações pelo número 11 966636857.
– Psicóloga das Famílias: Com avaliação e intervenção on-line, presencial ou domiciliar, a profissional realiza análise de comportamento especialmente de crianças e promove recreação terapêutica. Na rua Ailson Simões, 421 – Jardim Cupecê. Mais informações aqui.
– Raízes Psicologia: A profissional Lais Melo promove atendimento psicológico racializado no Capão Redondo, além de realizar palestras e workshops. Preencha o formulário para atendimento aqui. Saiba mais aqui.
– Receitas Da Vó: Com conhecimentos da fitoterapia brasileira e saberes populares, Romária Sampaio realiza atendimento terapêutico corporal com uso de plantas medicinais. Saiba mais aqui.
– Vitalizen: Por meio de terapias holísticas e atividades físicas, como acupuntura, seitai e barra de access, a iniciativa promove qualidade de vida equilibrando corpo, mente e espírito. Atendimentos on-line e na Vila Andrade. Saiba aqui.
– VOCIS: O ateliê terapêutico pretende transformar conflitos internos em expressividades por meio de arteterapia, musicalidade e terapia do som. Saiba mais aqui.
