Para a delegação de Serra Leoa, não foi fácil a viagem para o Mundial de futebol de Rua. Os integrantes da equipe precisaram ir até Guiné, país vizinho, para conseguirem o visto. Por isso, chegaram só no dia 5, sendo a última delegação a desembarcar no Brasil. “Foi ruim porque perdemos muitas atividades legais de integração”, lamenta Ajara Bomah, coordenadora do programa Sierra Leone Youth Advocacy (SLYAP), de onde todos da equipe fazem parte.
Em um país que viveu uma guerra civil entre 1991 e 2002, hoje não tem mais problemas com crianças soldados, mas ainda sofre consequências desse período. A ong SLYAP, por exemplo, trabalha com muitos jovens que ficaram órfãos nessa época. “Nós apoiamos muito na escola, mas também incentivamos a educação informal e empoderamos os jovens para que se desenvolvam e tenham consciência política”.
Para Ajara, a importância de participar do Mundial foi “ver a mistura de culturas e perceber que as questões sociais são iguais nos outros países”.
Redação PEM