2h26 no trânsito todos os dias: Aumenta o tempo gasto para se deslocar em São Paulo

2h26 no trânsito todos os dias: Aumenta o tempo gasto para se deslocar em São Paulo

Apesar disso, transporte coletivo se torna opção mais rápida que individual. Ônibus, trens e metrô são utilizados principalmente por pessoas da classe DE (72%)

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Quanto tempo você leva para se locomover para fazer as atividades do dia?

A população da capital paulista gasta diariamente 2h26, em média, para se deslocar pela cidade, tempo semelhante ao realizado no período pré-pandemia.

Os dados são da Pesquisa Viver em SP: Mobilidade Urbana, que a Rede Nossa São Paulo e o Instituto Cidades Sustentáveis apresentaram na última terça-feira (26/9). O levantamento é realizado em parceria com o Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica. Clique aqui para acessar a pesquisa.

Em relação à pesquisa do ano passado, o tempo médio de deslocamento aumentou 7 minutos em 2023. Em 2019, antes da pandemia do novo coronavírus, a população da capital paulista levava 2h25 para se deslocar diariamente pela cidade.

A pesquisa mostra também que, pela primeira vez nos últimos 5 anos, locomover-se de carro na cidade pode ser ainda mais demorado do que de transporte público. O tempo médio de deslocamento das pessoas que usam automóveis todos os dias ou quase todos os dias é de 2h46; para quem utiliza transporte público, esse tempo é de 2h23 por dia.

Principais meios de transporte

Segundo a pesquisa, mais pessoas passaram a utilizar o ônibus como meio de transporte: a participação deste modal passou de 33%, em 2022, para 41%, em 2023. Os ônibus também continuam sendo o principal meio de locomoção de quem mora na capital paulista. A parcela de quem usa o transporte coletivo em geral também aumentou. Em 2022, eram 41%; em 2023, 57%.

Entre as pessoas que mais usam transporte coletivo, destacam-se as que compõem a classe DE (72% se locomovem assim), que não possuem carro particular (69%), com renda familiar de até 2 salários mínimos (68%) e da classe C (67%).

Já os carros andam no sentido inverso. O uso de automóveis caiu de 24%, em 2022, para 19%, em 2023. O perfil de quem utiliza veículos individuais é majoritariamente formado por pessoas que compõem a classe AB (57%), renda familiar mensal maior que 5 salários mínimos (55%), com carro particular (54%) e ensino superior (50%).

Na cidade, os carros são o segundo meio de deslocamento mais utilizado, seguido da mobilidade a pé (12%), metrô (11%), trem (4%), táxi e carros por aplicativo, entre outros.

Destaques

A lotação dos ônibus continua sendo o principal problema a ser resolvido, na opinião das pessoas entrevistadas. Reclamações sobre a frequência dos ônibus e o preço da tarifa aparecem em segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A percepção de que os ônibus estão mais cheios também aumentou e atingiu o maior percentual dos últimos cinco levantamentos: subiu de 24% em 2022 para 27%, em 2023. Em 2022, a frequência dos ônibus era o principal problema para 13% dos entrevistados; em 2023, esse índice subiu para 23%.

Ao longo dos anos, o preço da tarifa vem apresentando um impacto menor na vida dos moradores da cidade. Ainda assim, pelo menos 3 em cada 10 pessoas deixam de visitar familiares e amizades, realizar atividades de lazer ou ir a consultas médicas por causa do valor da passagem.

O número de pessoas que vivem na cidade e que têm carro de passeio também caiu. Em 2023, 48% disseram possuir um automóvel; em 2022, eram 55%. A posse de carros recuou em todas as faixas de renda familiar, registrando o menor percentual dos últimos 5 levantamentos da pesquisa.

O conforto é o principal motivo que leva as pessoas a usarem carro com maior frequência. Em seguida aparecem a lotação do transporte público e a espera nos pontos de ônibus e estações de trem/metrô.

O uso de táxi ou transporte por aplicativo manteve-se estável: 2% dizem que usam todos os dias; 5%, quase todos os dias; e 42%, de vez em quando. Já o uso de bicicletas para se deslocar por São Paulo continua sendo praticado por 1 em cada 10 moradores; 72% dizem que nunca usam esse tipo de transporte, alegando que os furtos e roubos são o principal motivo dessa decisão.

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