2016 foi um ano em que casos de violência contra a mulher ganharam grande visibilidade e geraram debates em todo o País. O mais emblemático foi o estupro coletivo praticado por 33 homens contra uma adolescente carioca em uma favela do Rio de Janeiro. Em todo País, a cada 11 minutos uma pessoa é violentada sexualmente, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. E, de acordo com os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes e o crime é praticado por familiares ou pessoas próximas da família.
E, neste ano, falamos muito de questões de gênero e sexualidade. Falamos do machismo, do racismo e da LGBTfobia que matam todos os dias. Mas também falamos de quem luta pela mudança, dos corpos que transgridem essa lógica, das práticas que rompem com o que está colocado. E é essa potência que destacamos nessa retrospectiva. Confira algumas das reportagens que deram destaque a essas temáticas:
- Pioneira no combate a DSTs, organização do Jardim Ângela arrecada dinheiro para manter projetos
- “Nossos passos vêm de longe”: mulheres negras e as oportunidades contra a maquinaria da opressão
- “Mulheres em Série”: episódios da websérie sobre o dia a dia das mulheres
- Na Cidade Ipava, trampo de base contra os riscos do sexo no “pelo”
- Cultura do estupro: violência começa na infância, migra pra internet e vítima ainda é culpada
- Anna Kesiah queria nascer
- O LGBT da quebrada precisa ser queer? Que porra é essa?
- Periferia Trans 2016: a transgressão dos corpos sobe ao palco
- Respeita as mina, TOP 10 é machismo!
- A luta é na rua: no Grajaú, mulheres caminham pelos seus direitos
- Chorar pelas guerreiras que se foram, viver por aquelas que virão