Por Vitori Jumapili (entrevistas, captação e edição de vídeo). Revisão de texto: Thiago Borges. Arte: Rafael Cristiano
Como é ser um cosplayer periférico? Danilo Silva, de 26 anos, morador do Itaim Paulista (zona Leste de São Paulo), nos conta suas percepções como cosplayer há dois anos.
Nesta videorreportagem, acompanhamos Danilo no segundo dia da Perifacon, a a Comic Con das Favelas, que em sua quarta edição aconteceu na Fábrica de Cultura de Diadema (ABC Paulista). Assista:
Danilo Silva é um jovem periférico preto que sempre gostou de super heróis, ficção e esteve envolvido de diversas formas no mundo da arte. Ele conheceu a Perifacon a partir de um convite de um colega de trabalho.
Desafiado, Danilo levou sua fantasia de Super Choque feita por uma amiga cosplayer para uma festa. Em seu primeiro evento nerd, sem entender muito o que estava acontecendo, o jovem atraiu a atenção de diversas pessoas com sua presença.
“Eu fui, super com vergonha, me troquei lá… fiquei meio amuado, mas aí começaram a fazer fila para tirar foto e desde então eu amo isso, mano!”, conta.
O PerifaCon é um evento de cultura pop e nerd voltado para o público periférico. Conhecida e intitulada como a primeira convenção nerd das favelas, o evento gratuito reúne mais de 15 mil pessoas por ano em diferentes quebradas, acontece em 2 dias seguidos sempre no mês de julho.
O festival tem o objetivo de tornar acessível a cultura pop para a população de quebrada, que é distanciada do movimento por diferentes motivos – seja pelos altos valores de ingressos das convenções tradicionais à programações não representativas que não são pensadas para pessoas pretas e periféricas. Na contramão, o Perifacon conecta artistas de periferias, gera empregos e democratiza a temática para o público prioritário.
Vitori Jumapili, Thiago Borges, Rafael Cristiano