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A maior integração das equipes e mais intensa aplicação da metodologia do fútbol callejero se deu nos sete Centros Educacionais Unificados (CEU), onde as delegações dos 20 países participantes do Mundial ficaram hospedadas e conviveram diariamente.

Na primeira semana, enquanto os jogos oficiais não começavam, as equipes de funcionários e voluntários do CEUs promoveram a integração dos visitantes com a comunidade do entorno em diversas atividades.

Para muitos dessa equipe de apoio a metolodogia do fútbol callejero era novidade. Por isso, antes de começar o evento eles participaram de conversas para conhecerem melhor toda a proposta e como aplica-la no dia a dia.

“No começo ficamos preocupados com a segurança das delegações, mas depois entendemos que a ideia não era que eles ficassem isolados da comunidade, pelo contrário, o ideal era a integração entre os visitantes e os moradores daqui, então planejamos essa aproximação, organizamos o passeio pelo bairro, chamamos três times de futebol de várzea para jogar com eles e artistas da região para se apresentarem”, conta Sabrina Teixeira, gestora do CEU Butantã, que recebeu as delegações do Chile, Brasil e Gana.

“Aproveitamos que os alunos do CEU estavam em férias e tiramos todos os mobiliários para transformar as salas de aula em quartos, quando eles chegaram já estava tudo pronto“, comenta Magaly Erdei B. Tavarez, coordenadora do núcleo de educação, do CEU Paraisópolis. Ela disse que todo o CEU ficou disponível para receber os jovens nesse período do Mundial “Eles usaram a quadra coberta, os chuveiros dos vestiários, tivemos uma programação cultural no teatro e na área externa, além de visitarem a comunidade”.

Contratempos foram contornados com tranquilidade pelas gestões do CEU. No Jaguaré, foi preciso acompanhar as delegações para a troca de moedas e “a gente precisou se adaptar a chegada de Serra Leoa. Veio um integrante a mais e apenas um trouxe toalha, mas rapidamente a Ação Educativa providenciou para nós. Compramos também um celular e um chip para que eles fizessem contato com o país“, lembra Eduardo Goncharenco, coordenador de ações de esporte e lazer do CEU Jaguaré que recebeu também as delegações de Equador, Guatemala e Argentina.

Para Eduardo, a visita a comunidade foi um dos momentos mais importantes de integração com os moradores. “Eles foram a pé pela comunidade até uma festa junina do Programa Jaguaré Caminhos, que atua na região, lá experimentaram comidas típicas”, relata o coordenador que acompanhou toda a atividade. Depois, se reuniram em uma sala e “cada delegação falou um pouco das características do seu país. Uma criança da região falou do Brasil e explicou a nossa bandeira”.

O coordenador do Jaguaré confessou ter se surpreendido com os visitantes “eles são sérios, preocupados com a questão política, entendem a dificuldade do seu país e são críticos. Foi uma experiência muito mais profunda do que imaginávamos e ainda fizemos amizades.”

A voluntária e moradora de Paraisópolis, Jaiany Regina F. da Siva, 22 anos, foi uma das que apoiou diariamente as delegações instaladas no CEU Paraisópolis e destacou que “a gente fez de tudo para que eles se sentissem em casa e a acabamos formando uma grande família”.

Sabrina, gestora do CEU Butantã, está animada para aplicar a metodologia do fútbol callejero no CEU “eu espero poder continuar fomentando essa proposta na região que pode ser implantada em qualquer modalidade esportiva e aqui no CEU a gente trabalha com várias”.

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