“Bixa Papão”: No Dia da Visibilidade Trans, assista ao clipe de Monna Brutal

“Bixa Papão”: No Dia da Visibilidade Trans, assista ao clipe de Monna Brutal

O dia 29 de janeiro é marcado pela luta de travestis, mulheres e homens trans. E foi a data escolhida pela Quebramundo para lançar o clipe de rapper que aborda transfobia e empoderamento

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Tempo de leitura: 4 minutos

Nesta terça-feira (29 de janeiro), celebra-se o Dia Nacional da Visibilidade Trans – data escolhida por conta do que aconteceu em 2004, quando 27 travestis, mulheres e homens trans ocuparam o Congresso Nacional para lançar a campanha “Travesti e Respeito” do Departamento de DST, Aids e Hepatites do Ministério da Saúde.
Trata-se do primeiro ato nacional organizado por pessoas trans. Desde então, anualmente essa data marca uma luta que é cotidiana – vale lembrar que o Brasil é o País que mais mata pessoas LGBT no mundo e que a expectativa de vida de uma travesti não ultrapassa os 40 anos de idade. Além disso, mais de 90% das mulheres trans trabalham na prostituição, o que demonstra a marginalização dessa população.

Bastidores da gravação do clipe (Foto: Quebramundo / divulgação)


Não por acaso, a Quebramundo elegeu o dia de hoje para o lançamento do clipe “Bixa Papão” da rapper Monna Brutal, de Guarulhos. Com uma habilidade inegável em construir rimas raras e preciosas, Monna Brutal se destaca pela facilidade com freestyles, que adquiriu nas batalhas em que participou. Em seu primeiro álbum, 9/11, ela rima sobre transfobia, machismo, periferia, empoderamento e autoestima.

Equipe da Quebramundo (Foto: divulgação)


“Bixa Papão”, uma das faixas musicais, aponta a ausência de poder dos corpos dissidentes. O termo é inspirado na antiga lenda do bicho papão, muito utilizado para assustar crianças. De forma debochada e sombria, o termo é inserido no som para remeter ao ouvinte a força que corpos que fogem da normatividade tem, e geralmente é desmerecida ou silenciada. Na música, a bixa em questão é uma monstra criada pela cidade para assustar a própria cidade, mas que ilustra a revolta e o revide das travestis.
A Quebramundo é um coletivo de mídia independente do Grajaú (Extremo Sul de São Paulo), composto por sete integrantes e com a finalidade de evidenciar e enaltecer os talentos periféricos, utilizando os recursos do audiovisual, design e toda forma de arte pertinente para expandir suas linguagens.

Confira o clipe abaixo:

Ato

Neste sábado (02 de fevereiro), o CAIS – Centro de Apoio e Inclusão Social de Travestis e Transexuais realiza a “IV Caminhada pela Paz: Travestis e transexuais, nossas vidas importam”. A concentração ocorre a partir das 13h, na rua Libero Badaró, 39, região da Sé (Centro de São Paulo). Saiba mais aqui.
 

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1 Comentário

  1. […] arte a luta? Quais corpos fazem seu ser político? Diante dessas questões, o coletivo audiovisual Quebramundo realiza a curadoria e montagem da exposição Siglas Em […]

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