Após massacre no Rio, movimento negro convoca atos em todo o país contra a violência policial

Após massacre no Rio, movimento negro convoca atos em todo o país contra a violência policial

Em São Paulo, a manifestação será na sexta-feira (31), às 18h, em frente ao Masp, na Avenida Paulista

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A Coalizão Negra por Direitos convoca a sociedade para atos em todo o Brasil na sexta-feira (31), em protesto contra o massacre mais letal já registrado no Rio de Janeiro. Mais de 120 pessoas foram mortas na operação conjunta das polícias Civil e Militar realizada na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da capital fluminense.

Em São Paulo, a concentração começará a partir das 18h, em frente ao Masp, na Avenida Paulista, região central da cidade.

Ao todo, 2,5 mil policiais civis e militares foram mobilizados em ações para capturar lideranças criminosas e conter a expansão territorial do Comando Vermelho. Mas a operação causou medo na população, interrompeu serviços, fechou escolas e vias da cidade, e deixou um rastro de sangue.

Diversas organizações de direitos humanos e movimentos sociais criticam a medida, classificada como “bem-sucedida” pelo governador Cláudio Castro (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em nota, a Coalizão de Mídias Periféricas, Faveladas, Quilombolas e Indígenas aponta a operação letal como “terrorismo de Estado”.

“Cláudio Castro transformou a segurança pública em um show de horror, empilhando corpos pretos e pobres em nome de uma falsa sensação de ordem”, diz o texto da Coalizão, que é composta por 10 iniciativas jornalísticas de 6 estados brasileiros, incluindo a Periferia em Movimento em São Paulo.

“Segurança não se faz com sangue”

Em nota assinada por 29 organizações e movimentos sociais, incluindo Associação Amparar de São Paulo e o Instituto Papo Reto do Complexo do Alemão, os grupos denunciam o acontecimento como “uma matança produzida pelo Estado brasileiro”.

“Ao longo dos quase 40 anos de vigência da Constituição Federal, o que se viu nas favelas fluminenses foi a consolidação de uma política de segurança baseada no uso da força e da morte, travestida de ‘guerra’ ou ‘resistência à criminalidade’. Trata-se de uma atuação seletiva, dirigida contra populações negras e empobrecidas, que tem no sangue seu instrumento de controle e dominação”, diz a nota.

As organizações apontam que iniciativas como essa não garantem a segurança e instalam pânico nas famílias e o terror como expressão do poder estatal.

“Ao premiar o confronto e a morte, o governo estimula a mentalidade de guerra e transforma as comunidades em campos de batalha, onde moradores são tratados como ‘inimigos internos’”, diz o texto. Leia na íntegra aqui. 

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