Orientação e revisão de roteiro: Thiago Borges. Captação, edição de imagens e produção de vinheta: Pedro Ariel Salvador. Edição de áudio: Paulo Cruz. Design: Rafael Cristiano. Agradecimentos especiais a Diogo Guerreiro, Isadora Guerreira e Ricardo Negro
Spray de pimenta no rosto durante um protesto na Marginal Pinheiros é só um episódio marcante em toda a trajetória de Márcia Licá. A violência estatal praticada pela Polícia Militar aconteceu em uma das várias manifestações que ela e outras pessoas que vivem no Real Parque realizam desde que a favela existe.
Márcia vive na comunidade há 25 anos. Nascida no Tocantins, ela veio para São Paulo aos 12 anos de idade e se estabeleceu com pai, mãe e 4 irmãs na favela localizada na zona Sul da capital paulista. Foi no Real Parque que ela aprendeu o que é solidariedade e compartilhamento.
“A galera mais rica aprende a conviver quando vai para uma universidade, que talvez vai morar numa república. A gente desde muito novo constitui repúblicas, quilombos, comunidades para poder sobreviver”, destaca ela, que é coordenadora de conteúdo, especialista em literatura infantil e co-fundadora do Coletivo Fiandeiras.
Em sua trajetória, Márcia habitou diversos locais: desde barracos em situações precárias, até mesmo uma casa na Vila Sônia (zona Oeste), onde não se acostumou com a realidade do bairro. Pois, mesmo nas adversidades, o barraquinho era um lar.
Agora com 37 anos e mãe solo de uma bebê de 2, a tocantinense não apenas mora, mas também luta por melhorias na quebrada em que estabelece conexões de afeto. A mãe da pequena Teresa segue na batalha por um futuro melhor.
Assista abaixo:
Este é o terceiro e último episódio da série “Aonde mora o afeto?”, que conta com 3 videorreportagens em vídeo sobre formas de morar para pessoas de quebrada. Produzida pela Periferia em Movimento no âmbito Repórter da Quebrada: uma morada jornalística de experimentações. O programa de residência em jornalismo de quebrada é realizado com apoio do Fomento à Cultura da Periferia da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
Paula Sant'Ana, Thiago Borges, Pedro Salvador, Paulo Cruz, Rafael Cristiano