Por Aline Rodrigues
Segismundo é um pobre homem que vive grande parte de sua vida trancado em uma torre sem saber de sua origem nobre. Seu pai é Basílio, rei da Polônia, e o responsável por mantê-lo aprisionado. O único contato que mantem é com Clotaldo, servo do rei destinado a cuidar do prisioneiro.
Quando seu pai resolve testar sua capacidade de assumir o trono, contando a ele que é o príncipe da Polônia, Segismundo decepciona o rei. Por não conhecer comportamento diferente ao de um selvagem, o príncipe é induzido a achar que tudo não passou de um sonho e é levado de volta para a torre.
Nessa confusão de pensamentos, ele e os demais personagens se envolvem em uma profunda reflexão sobre o que é sonho ou realidade na vida.
Esse é a história contada na peça “A vida é sonho” pelo grupo recém-formado Cia Grupo Patépicus, que na última sexta-feira (26 de julho) levou para o palco da 21ª Mostra de Teatro da Associação Comunitária Monte Azul, na zona sul de São Paulo, encerrada ontem. A peça é uma releitura da montagem teatral do poeta espanhol Pedro Calderón de la Barca (1600-1681).
As cenas foram feitas com o mínimo de cenário e com valorização dos artistas, que trocavam de roupa no palco para representar diferentes personagens. O personagem principal foi interpretado pelo também diretor da peça Luiz Eduardo Frin, que diz ser grato pela oportunidade da primeira exibição de A Vida é Sonho nessa nova formação. Frin é mestre em teatro pela Unesp e pesquisador do teatro épico.
Redação PEM