Você sabe o que é COP 30? Entenda a importância da conferência para o debate sobre justiça climática

Você sabe o que é COP 30? Entenda a importância da conferência para o debate sobre justiça climática

Confira os conteúdos da Periferia em Movimento que discutem justiça climática e revelam como a crise do clima afeta o cotidiano e a vida da população periférica

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Tempo de leitura: 7 minutos

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A COP 30 (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) será a 30ª edição da conferência mundial da ONU sobre o clima, marcada para acontecer entre 10 e 21 de novembro deste ano, em Belém (PA).

É a primeira vez que o evento será realizado na Amazônia, região estratégica para o equilíbrio climático global. A expectativa é de que a COP 30 aprofunde discussões sobre racismo ambiental, transição justa e ações concretas para enfrentar a crise climática, com protagonismo dos povos e comunidades que vivem e protegem a floresta.

Relembre os conteúdos da Periferia em Movimento que abordam a justiça climática e mostram como as mudanças do clima impactam a vida da população periférica.

O que não pode faltar na COP 30: comunicação indígena, vozes dos territórios e justiça climática

Leia aqui. 

Rede Wayuri coleta histórias em São Gabriel da Cachoeira (AM) - Foto: Acervo ISA

Rede Wayuri coleta histórias em São Gabriel da Cachoeira (AM) – Foto: Acervo ISA

Ray Baniwa, comunicador indígena do Alto Rio Negro, destaca a importância das pautas dos povos originários na Conferência que discute as mudanças climáticas do planeta.

“Os povos indígenas da Amazônia já denunciam há décadas os impactos do desmatamento, do garimpo ilegal, das hidrelétricas, dos grandes projetos de infraestrutura que ignoram a existência de nossos modos de vida. Não é apenas a natureza que está sendo destruída, mas a memória, a cultura e os direitos dos povos que vivem em íntima relação com ela.

Por isso, acreditamos que a cobertura da COP 30 e da emergência climática deve ser feita com responsabilidade, pluralidade e escuta verdadeira, especialmente aos povos indígenas. A comunicação não pode repetir os silêncios e apagamentos de sempre. Tem que ser ferramenta de mobilização, denúncia e transformação.”

Infância periférica na COP30: crianças constroem carta sobre a crise climática

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As mudanças climáticas já fazem parte do cotidiano de milhares de crianças nas periferias brasileiras, mas suas vozes raramente são consideradas nas grandes discussões ambientais. Para mudar esse cenário, a FPD (Frente Periférica por Direitos) tem colocado a infância e a adolescência no centro do debate.

Em agosto, a organização promoveu encontros e seminários em diferentes regiões de São Paulo que resultaram na produção de uma carta coletiva, a ser levada à COP30.

“Contra o Racismo, Eu Planto”: reflorestamento em Parelheiros une memória ancestral, juventude e justiça ambiental

Crédito: Jailson Lara

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No pulmão da cidade de São Paulo, em Parelheiros (Extremo Sul), um cinturão verde se formou debaixo de um céu nublado. Ao som dos atabaques do coletivo Raízes do Tambor, o sol, a chuva e gente de todas as idades contribuíram no plantio de 1.000 mudas de árvores da Mata Atlântica, como araçá, pitanga, ipê e cambuci — semeando um presente coletivo, um futuro de sonhos e um passado sendo lembrado pela terra.

A ação faz parte da campanha “Contra o Racismo, Eu Planto”, organizada pelo Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC) em parceria com a Cooperativa Agroecológica dos Produtores Rurais e de Água Limpa da Região Sul (Cooperapas).

Todo cuidado é pouco: quem trabalha ao ar livre sente impacto da exposição ao tempo e à poluição

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Nesta reportagem da série Trampo é Trampo em 2025, você conhece Ivani da Silva e Catarino de Oliveira, que trabalham em pontos fixos nas periferias de São Paulo e enfrentam desafios que afetam saúde e renda.

Sob as águas da desigualdade: remover vítimas de enchentes do Jardim Pantanal é racismo ambiental?

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Criticada, resposta da Prefeitura de São Paulo acende alerta sobre “soluções” para eventos climáticos extremos mais recorrentes. Será que o poder público agiria da mesma forma nas áreas mais ricas da cidade?

Para Gisele Brito, é preciso ter responsabilidade com as medidas propostas para que essas políticas de enfrentamento não se caracterizem como racismo ambiental e nem reforcem a manutenção de condições já precarizadas.

“Todo investimento que for feito para eliminar esses riscos e fazer adaptações precisa levar em consideração a justiça climática”, explica a jornalista, que é mestre em Planejamento Urbano pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo – FAUUSP.

Iniciativas periféricas querem “adiar o fim do mundo” com educação ambiental

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Atrelando o desemparedamento escolar à educação ambiental, Ecoativa e Prato Verde Sustentável apresentam soluções que contribuem com o enfrentamento da crise climática nas periferias da cidade de São Paulo. Confira a reportagem fotográfica.

Por que o acesso a banheiros é uma questão de racismo ambiental e justiça climática?

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Cerca de 30% de pessoas pretas e pardas do Brasil não têm acesso a esgotamento adequado. O número cai para 16,5% entre pessoas brancas e sobe para 70% entre os indígenas. Os dados, que compõem o Censo 2022 realizado pelo IBGE, revelam mais uma faceta do racismo ambiental no país.

Para as mulheres negras, sobretudo mães solo, a situação é ainda pior. Segundo o estudo “O saneamento e a vida da mulher brasileira“, 41 milhões de mulheres não têm acesso adequado à infraestrutura sanitária e ao saneamento, sendo que 40% são mães negras e solo.

O racismo ambiental é uma das interfaces da estrutura racista, que relega em sua maioria pessoas negras e indígenas aos territórios em situação mais vulnerável aos eventos climáticos e às mudanças do clima.

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