Greve Geral: Movimentos do Extremo Sul marcham contra “reformas” do Governo Temer

Já na quinta-feira (27 de abril), moradores da ocupação Jardim da União fazem rodas de conversa com a população e montam acampamento em avenida importante da região. Na sexta (28 de abril), dia da Greve Geral, manifestantes se unem com outros grupos da Zona Sul

Compartilhe!

Tempo de leitura: 4 minutos

O Brasil deve parar nesta sexta-feira (28 de abril), quando centrais sindicais e movimentos sociais em todo País convocam uma Greve Geral contra as propostas de “Reforma” da Previdência e “Reforma” Trabalhista, propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer e que retiram direitos de trabalhadores.
No Extremo Sul da cidade de São Paulo não é diferente. Moradores e moradoras da ocupação Jardim da União realizam assembleia geral um dia antes da Greve Geral, nesta quinta-feira (27 de abril), e saem em marcha pelas ruas da região. Às 08h da manhã, se concentram na Praça do Trabalhador, em frente ao terminal de ônibus Varginha. De lá, seguem em caminhada até o terminal de transferência de ônibus – o Passa Rápido Rio Bonito, na Cidade Dutra, onde devem chegar ao meio-dia. Ao longo da tarde, acontecem atividades culturais e rodas de conversa sobre as “reformas”.
A ocupação Jardim da União montará acampamento no local, onde passa a noite e sai novamente em marcha na manhã de sexta-feira (28 de abril), rumo ao Largo do Socorro, onde se encontra com manifestantes vindos da região do M´Boi Mirim e de outros pontos da Zona Sul. Saiba mais aqui.
Quem paralisa?
Entre as categorias profissionais que prometem cruzar os braços na sexta-feira, estão bancários, motoristas e cobradores de ônibus, metroviários, professores das redes pública e privada de ensino, aeroviários, entre outros. No Extremo Sul, funcionários da rede conveniada de serviços sociais – como do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDECA Interlagos) – também paralisam.
Na tarde de sexta, às 17h, movimentos se reúnem a trabalhadoras e trabalhadores de diferentes pontos da cidade em um ato unificado no Largo da Batata. Clique e saiba mais.
Que “reformas” são essas?
Em discussão no Congresso, a “Reforma” Trabalhista propõe a mudança de mais de 100 artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e coloca em risco a segurança mínima para os trabalhadores ao estabelecer a negociação direta entre patrão e empregado, o que pode dificultar a obtenção de férias, aumentar a jornada de trabalho para 12 horas por dia e permitir a redução de salários sem acordo coletivo.
Já a “Reforma” da Previdência enviada por Michel Temer ao Congresso sofreu diversas alterações após a resistência nas ruas. Ainda assim, quer dificultar a aposentadoria ao propor idade mínima de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres pararem de trabalhar. E, para receber o valor integral na aposentadoria, o contribuinte precisa pagar o INSS durante 40 anos.
Enquanto um morador do Alto de Pinheiros (uma das regiões mais ricas da cidade de São Paulo) vive em média 80 anos, a expectativa de vida em Cidade Tiradentes (Extremo Leste) foi de 53 anos em 2015, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os distritos do Extremo Sul de São Paulo, onde o CEDECA Interlagos atua, acompanham esse indicador. Com a maior população da cidade, o Grajaú tem a quarta pior expectativa de vida: um morador da região vive em média 56 anos. Em Parelheiros, a expectativa de vida em 2015 foi de 59 anos.
Reveja o vídeo produzido no início do mês pelo Periferia em Movimento:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Apoie!
Pular para o conteúdo