Vozes do Corpo: Zona Sul de SP vira palco de reflexões e intervenções de dança

Vozes do Corpo: Zona Sul de SP vira palco de reflexões e intervenções de dança

Festival de dança contemporânea tem grupos periféricos ocupando São Luís e metrô Capão Redondo. Saiba mais!

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Tempo de leitura: 4 minutos

Até o próximo domingo (24/3), a Cia Sansacroma realiza a 11ª edição do Circuito Vozes do Corpo – festival completamente gratuito que celebra as danças contemporâneas. Entre os destaques da programação estão uma série de atividades, desde pequenas performances de dança e espetáculos cênicos até oficinas e rodas de conversa.

Idealizado por Gal Martins, o Circuito Vozes do Corpo traz uma explosão de diferentes estéticas e trajetórias propostas por corpos e corpas múltiplas. Confira a programação completa aqui.

Para esta edição, foram cuidadosamente selecionados 14 trabalhos de um grande número de propostas inscritas. As ativações começaram no início do mês e estão distribuídas em diferentes espaços, incluindo o Teatro da Fábrica de Cultura do Jardim São Luiz (localizada na  rua Antônio Ramos Rosa, 651) e o entorno da estação de metrô Capão Redondo.

Cia Sansacroma – Foto: Marcelo Machado

Nesta quarta (20/3), às 15h, a Cia Dançurbana, do Mato Grosso do Sul, apresenta “Euphoria”. E às 20h, Nyanda Fernandes, do Rio de Janeiro, se apresenta no Espaço Cênico da Fábrica de Cultura.  Já na quinta (21/3), mesmo horário, é a vez do Coletivo Calcâneos, de São Paulo, com “Desde que o mundo é mundo”. E na sexta (22/3), Coletivo Diário apresenta “D’água”. No mesmo dia, às 19h, Gal Martins media um debate sobre questões de gênero na dança, com Deise de Brito e Flip Couto.

O festival se estende pelo entorno da estação de metrô Capão Redondo. No sábado (23/3), às 15h, Lukas Dijesus e Pedro Ivo Santos, de Salvador, performam “Colé, eu não sou bagunça”. Na sequência, o Coletivo Trippé, de Juazeiro (BA), mostra “Eu Cá Com Meus Botões”. No domingo (24/3), às 15h, Rangers Force apresenta “Jogando com as Danças Urbanas”. E às 16h30, o evento termina com “Num Corre”, do Núcleo Iêe, de São Paulo.

Periferia como palco

Sob a curadoria da própria Gal Martins em parceria com Paula Salles, o público tem a oportunidade de apreciar uma amostra das diversas narrativas de resistência criadas não só em diferentes cidades do estado de São Paulo, mas também em outras regiões do Brasil.

O ambiente periférico da região sul de São Paulo serve como palco para essas expressões artísticas, destacando a importância da descentralização cultural e reunindo corpos e corpas que compartilham modos de movimento coletivos, em duos ou solos, que reorganizam formas decoloniais de existência, com foco especialmente nas vivências negras.

“Um dos grandes diferenciais criados pelo do Vozes do Corpo é o público. Admiradores da dança contemporânea atravessam as pontes que separam a periferia do centro para apreciar os espetáculos”, diz Gal.

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