Fotos e reportagem por Pedro Ariel Salvador. Edição de texto: Thiago Borges
Ter espaços de troca e acolhimento a mulheres lésbicas nas periferias é importante para ampliar a visibilidade do grupo para além das regiões centrais. É o que defende Mayana Vieira, uma das integrantes da produtora cultural Brejo Produções, que na última sexta-feira (26/8) organizou a exibição presencial do documentário “Memória Audiovisual de Sapatonas e Bissexuais”, no Espaço Psi Cultural Vozes de Carolinas Vivas.
Localizado no Grajaú (Extremo Sul de São Paulo), o espaço promoveu uma programação especial em agosto. O mês é marcado pelo Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado neste 29 de agosto. A data remete ao 1° Seminário Nacional de Mulheres Lésbicas e Bissexuais (SENALESBI), que foi organizado por duas militantes no Rio de Janeiro em 1996, com o objetivo de debater, pensar e propor ações para intervir nas políticas públicas, através da construção coletiva e a partir da necessidade da garantia de direitos dessa comunidade.
O documentário exibido no espaço na periferia de São Paulo começa com o questionamento: Você lembra com quantos anos viu pela primeira vez uma representação lésbica ou bissexual no audiovisual? O audiovisual em si tem um papel muito importante quando falamos de representatividade. Mas, quase nunca essa visibilidade está presente nas telas. Por causa disso, o documentário traz mulheres lésbicas e bissexuais de diferentes regiões do Brasil que narram suas memórias em relação às lesbianidades e bissexualidades, presentes ou não, no universo audiovisual.
Após a exibição do filme, também rolou uma roda de conversa para discutirmos sobre essas narrativas, vivências, acolhimentos e afetos. A Periferia em Movimento foi acompanhar essa atividade. Veja nas fotos:
Pedro Salvador, Thiago Borges