Neste sábado (19 e novembro), véspera do Dia da Consciência Negra, moradores da Zona Sul de São Paulo colocam o Estado no banco dos réus para julgá-lo pelo genocídio negro, dos povos indígenas, pobres e periféricos.
Com a presença de autoridades públicas do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo, o ato traz um apanhado de uma série de casos que aconteceram recentemente na região do Jardim Ângela, Jardim São Luís, Capão Redondo e Campo Limpo no último ano. Além de apresentar as reivindicações, o grupo pretende mover uma ação civil pública contra o poder público, além de mobilizar a sociedade para essa questão.
Em todo o Brasil, a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil. Anualmente, 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são mortos. A taxa de homicídios entre jovens negros é quase quatro vezes a verificada entre os brancos, o que reforça a tese de que está em curso um genocídio da população negra segundo constatações do próprio Senado Federal no relatório final (clique aqui para acessar a íntegra) da CPI sobre o Assassinato de Jovens encerrada neste ano.