No ritmo de Bob Marley: 7 iniciativas para acompanhar o reggae nas periferias de SP

No ritmo de Bob Marley: 7 iniciativas para acompanhar o reggae nas periferias de SP

Na esteira do filme biográfico da lenda jamaicana, Periferia em Movimento traz indicações para viver e apoiar a cultura em São Paulo

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Por Laís Diogo (curadoria) e Thiago Borges (curadoria e texto)

Na última segunda-feira (12/2), em pleno Carnaval, o filme “One Love” estreou em salas de cinema de todo o Brasil. O longa-metragem conta parte da história de Bob Marley, cantor e compositor jamaicano responsável por popularizar o ritmo em todo o mundo.

Atravessadas pelos momentos de tensão política na Jamaica nos anos 1970 e pelo culto rastafári, do qual o músico era adepto, as letras de Bob narram conflitos, pedem o fim das guerras, pregam a paz e defendem a preservação ambiental. O ritmo cruzou o oceano, chegou à Inglaterra e influenciou bandas de rock como The Clash e Police, que no Brasil inspiraram Legião Urbana e Paralamas do Sucesso, entre outras.

Por aqui, o Dia Nacional do Reggae é celebrado no dia 11 de maio, em referência à data em que Bob morreu em 1981, aos 36 anos, em consequência de um câncer de pele. Na cidade de São Paulo, a lei 17.805 de 2022 estabelece o Programa Municipal de Fomento à Linguagem de Cultura Reggae e Rastafari.

Enquanto cultura marginal e crítica social, o reggae tem total sintonia com as vivências e demandas das periferias – e, não por acaso, a presença é forte nesses territórios. Por isso, a Periferia em Movimento aproveita o lançamento do filme para indicar 7 iniciativas para conhecer e acompanhar a cultura nas quebradas paulistanas.

Uma delas é o Fórum do Reggae, que desde 2016 realiza reuniões periódicas no centro da capital paulista com coletividades e agentes culturais. Em pauta, questões como o fomento por meio de eventos e do edital municipal de apoio ao reggae, formação para artistas e profissionais e a integração com outras vertentes culturais.

Fundada em 1999, a Associação Cultural Reggae é a primeira entidade de reggae sem fins lucrativos no Brasil. A organização desenvolve atividades sociais na zona Leste de São Paulo e projetos culturais como a realização de eventos ligados ao reggae. Confira aqui.

Outra referência é o Dubversão. Criado em 2001 em uma viela na Pompeia (zona Oeste), o Dubversão é o primeiro sistema de som de São Paulo que segue o formato jamaicano, com paredes de equipamento próprio e realização de bailes abertos em vários pontos da cidade, especialmente nas periferias. Acompanhe aqui .

Fundado há mais de 20 anos e aberto a artistas iniciantes até de grande consagração, o Rasta Bier é um bar referência na difusão do reggae em São Paulo. O estabelecimento fica localizado em Interlagos (zona Sul) e atrai pessoas adeptas à cultura. Se ligue aqui.

Originário do Grajaú (Extremo Sul), há 11 anos a equipe 3 em 1 Gueto Sounds propaga a cultura por meio de bailes em salões fechados ou abertos ao público, em espaços culturais, praças e ruas.

Da zona Norte, o Mumma Powah Sound System organiza um projeto de mães para mães desde 2018, com DJs e cantoras mães como convidadas para comandar a pista e um espaço acolhedor para aliviar a solidão materna. Nas edições, acontecem rodas de conversa, venda de produtos e recreação para crianças.

Já o encontro Descolonizasom reúne artistas que celebram a ancestralidade através de um repertório de músicas que reverenciam a rítmica reggae e todas as suas vertentes, passando pelo ska, mento, calipso, dancehall, rocksteady, funky, rap entre outros. Acompanhe.

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