Por Thiago Borges
Foto de capa: Douglas Fontes
Na tarde desta quarta-feira (03/02), o Movimento Passe Livre (MPL) realiza um ato contra o corte da gratuidade para pessoas idosas entre 60 e 65 anos em ônibus, trens e metrôs de São Paulo. A concentração acontece a partir das 17h em frente a Prefeitura municipal. Saiba mais aqui.
“Isso vai significar um impacto muito grande não só para essas pessoas que vão perder direito de ir pro hospital, pro posto de saúde, visitar seus parentes, como também para toda a sua família”, explica Gabriella Dantas, integrante do MPL, que se articula com o Coletivo Direitos da Pessoa Idosa e já participou de outros 3 atos em janeiro de 2021. “O gasto de mais uma pessoa da casa tendo que pagar uma tarifa de R$ 4,40, no mínimo, pra ir pra qualquer lugar da cidade em um contexto de crise econômica vai ser muito sentido”.
O que tá pegando?
Desde 2013, quando o MPL mobilizou milhares de pessoas pela tarifa zero, o poder público municipal e estadual isentou pessoas a partir dos 60 anos de pagarem pra rodar a catraca no transporte público. Antes disso, somente quem tinha acima de 65 anos tinha o passe livre – conforme assegurado pelo Estatuto do Idoso.
A Prefeitura de São Paulo defende a mudança amparada na tese de que “a recente reforma previdenciária que, além de ampliar o tempo de contribuição, fixou idade mínima de 65 anos para aposentadoria para homens e 62 para mulheres”.
Essa medida, anunciada pelo prefeito Bruno Covas e pelo governador João Doria em dezembro do ano passado, chegou a ser suspensa pela Justiça, mas a decisão foi revertida. A mudança passou a valer na última segunda-feira (01/02). Pessoas com menos de 65 anos que tinham o Bilhete Único da Pessoa Idosa tiveram o benefício bloqueado a partir dessa data.
Redação PEM
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