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O mês de novembro chega com uma programação intensa e diversa que valoriza a produção cultural negra e periférica em São Paulo e em outras regiões do país. São oficinas, espetáculos, lançamentos e estreias que abordam temas como afrofuturismo, resistência e espiritualidade, conectando arte, memória e política.
A Periferia em Movimento lista as principais atrações:
Oficina de Escrita Afrofuturista

O escritor e pesquisador Fábio Kabral conduz uma imersão no universo do afrofuturismo, movimento cultural e político que combina ficção científica, mitologias africanas e reflexões sobre o presente para imaginar futuros possíveis a partir da perspectiva negra.
Durante os encontros, Kabral apresenta as origens do movimento, referências nacionais e internacionais e promove exercícios práticos de escrita criativa. As oficinas são independentes, com rodas de conversa e dinâmicas.
Encontros:
11/11 – Dinâmicas de desenvolvimento criativo
18/11 – Exercícios de escrita
25/11 – Apresentação dos resultados finais
Horário: 18h às 20h
Local: Sesc Campo Limpo – Rua Nossa Senhora do Bom Conselho, 120, Vila Prel, São Paulo.
Documentário “Pedra Dura que Perdura ou Porque Ocupar”
O documentário retrata a força das ocupações culturais nas periferias de São Paulo. Com depoimentos de militantes e agentes culturais, o filme expõe as tensões entre Estado, mercado imobiliário e trabalhadores, revelando a potência criativa e coletiva da Zona Leste, uma das regiões mais ativas politicamente da cidade.
Pré-estreia: sábado, 08 de novembro de 2025
Horário: 17h
Local: Okupação Cultural C.O.R.A.G.E.M – Rua Vicente Avelar, 31, José Bonifácio, São Paulo.
Espetáculo “Entre Tempos Me Faço”

Foto: Divulgação
O Núcleo de Estudos Cênicos do Grupo Identidade Oculta realiza a temporada do espetáculo “Entre Tempos Me Faço”, com apresentações gratuitas no CEU Navegantes. A montagem propõe uma reflexão sobre o tempo, a memória e o corpo em movimento, reafirmando o compromisso do grupo com a arte feita nas bordas da cidade.
Local: CEU Navegantes, Rua Maria Moassab Barbour, s/n, Cantinho do Céu, São Paulo.
Datas: 14/11 (sexta) – 10h e 14h e 21/11 (sexta) – 10h e 14h
Lançamento do livro “Iemanjá em Mares Verdes”
A geógrafa e professora Ilaina Damasceno lança “Iemanjá em Mares Verdes”, obra que investiga a Festa de Iemanjá em Fortaleza — celebrada há mais de 50 anos e reconhecida como patrimônio imaterial da cidade desde 2018.
Resultado de sua pesquisa de doutorado na Universidade Federal Fluminense (UFF), o livro analisa como as religiões de matriz africana transformam o espaço público em território de resistência e afirmação cultural.
Espetáculo “Afrotranstopia – Movimentos Coreográficos”

O Teatro Arthur Azevedo recebe a trilogia “Afrotranstopia”, criação do coreógrafo e pesquisador Mário Lopes, um dos principais nomes da dança negra contemporânea no Brasil e na Europa.
Composta por três atos, “Movimento I: Parado é Suspeito”, “Movimento II: Kodex Konflikt” e “Movimento III: Celebration, Espumas Pós-Tsunami”, a obra investiga as relações entre corpo, memória e tecnologia, propondo a dança como um campo de reprogramação sensível e espiritual.
Datas: 14, 15 e 16 de novembro de 2025
Local: Teatro Arthur Azevedo Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo – SP
Atividades gratuitas, com recursos de acessibilidade
Lançamento do livro “Samba de sétimo dia”
O escritor e jornalista Anderson Estevan lançou “Samba de sétimo dia”, seu segundo livro de contos, publicado pela EditoRia (Ria Livraria). A obra, vencedora do 1º Concurso Literário da Ria Livraria, reúne histórias ambientadas na periferia paulistana dos anos 1990 e traz à tona personagens e cenas marcantes do cotidiano suburbano — onde o sagrado, o profano e o samba se encontram. Nascido e criado em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, Anderson transforma suas memórias em matéria literária.
Processo seletivo para espetáculo
O Grupo Identidade Oculta está com inscrições abertas para o processo seletivo de seu novo espetáculo e convida artistas interessados em integrar essa nova criação coletiva. A proposta busca pessoas que acreditam na arte como instrumento de cura, memória e transformação, e que queiram vivenciar um processo de criação colaborativo e comprometido com a potência das artes cênicas nas periferias. Inscreva-se neste link.


