Movimentos fazem ato em memória de cinco jovens negros assassinados pela PM

Movimentos fazem ato em memória de cinco jovens negros assassinados pela PM

Após ficarem duas semanas desaparecidos, corpos de jovens da Zona Leste de São Paulo foram encontrados em Mogi das Cruzes. Ato-vigília acontece nesta quinta-feira (10 de novembro), ao lado da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, e pede fim da PM e saída de Alckmin

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Tempo de leitura: 3 minutos

Diversos movimentos sociais, como as Mães de Maio e o Kilombagem, entre outros, convocam para um ato-vigília nesta quinta-feira (10 de novembro), ao lado da sede da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo em memória dos cinco jovens negros cujos corpos foram encontrados domingo (06) após duas semanas de desaparecimento.

Os movimentos exigem a saída do governador Geraldo Alckmin por violação permanente dos direitos humanos e pelo genocídio negro, crime de lesa-humanidade.

Segundo reportagem do site Ponte Jornalismo, os corpos de César Augusto Gomes Silva, 19 anos, Jonathan Moreira Ferreira e Caique Henrique Machado Silva, ambos de 18, Robson Fernando Donato de Paula, 16, e Jonas Ferreira Januário, 30, foram encontrados em um matagal na Estrada Taquarussu, em Mogi das Cruzes (Grande SP). Os cinco amigos estavam desaparecidos desde 21 de outubro, quando saíram do Jardim Rodolfo Pirani (Zona Leste de SP), onde viviam, para uma festa na cidade de Ribeirão Pires (Grande São Paulo).

A última informação que a família teve a respeito do desaparecimento é um áudio que Jonathan mandou para uma amiga dizendo que havia sido parado pela polícia naquele dia: “Ei, tio. Acabo de tomar um enquadro ali. Os polícia tá me esculachando”. A Ponte também revelou que os policiais militares consultaram os dados de dois dos cinco jovens que desapareceram.

Nos corpos encontros, já em estado avançado de decomposição, foram encontrados marcas de tortura. Um deles decapitado. Ao redor, cápsulas de munição .40 comprovadamente reconhecida como parte de um lote comprado pela PM-SP.

“Ante os assassinatos corriqueiros e permanentes, desaparecimentos que se dão em dose homeopática e sistemática de nossos corpos negros nas periferias de SP e do Brasil, nos levantamos para exigir a responsabilização daqueles que exercem o poder e são diretamente responsáveis pelas ações policiais”, diz nota dos movimentos que convocam o ato.

Até o momento, convocam o ato: Mães de Maio, #FrenteAlternativaPreta, Uneafro-Brasil, Núcleo de Consciência Negra na USP, Kilombagem, Coletivo Esquerda Força Ativa, Círculo Palmarino, Soweto Organização Negra, Revista Quilombo, Grupo Kilombagem, ONG Combat Social, Cedeca Sapopemba, Cedeca Interlagos, Frente Evangélica Pelo Estado de Direito, Coletivo negro da UFABC, Quilombo Cabeça de Nego, Coletivo Terça Afro, Fórum Municipal de Educação de Santo André, FFB – Frente Favela Brasil, Núcleo Reflexo de Palmares (Unifesp), Coletivo Enegrecer da USJT, Coletivo Dente de Leão, AEUSP – Associação de Educadores da USP, AMO Associação Mulheres de Odum e Espaço Cultural Caxueras – Cohab Raposo Tavares, #MAIS, Projeto Meninos e Meninas de Rua, Coletivo Negro Vozes – UFABC

2 Comentários

  1. Welbi Maia disse:

    O caso é terrível e precisa ser investigado com todo o rigor. A Corregedoria também apura o caso e se tiver policiais envolvidos serão expulsos e presos. Mas é preciso aguardar as investigações par descobrir o que realmente aconteceu.

  2. LORDE KRATOS disse:

    TUDO ISSO É FALTA DE LEIS RÍGIDAS PORQUÊ 2 DESTES INDIVÍDUOS ASSASSINARAM 1 POLÍCIA E OS OUTROS 3 FIZERAM VÁRIOS DELITOS SE ESTIVESSEME PRESOS NÃO ESTARIAM MORTOS

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