Foto em destaque: João Victor Santos
A cada ano que passa, o Carnaval de São Paulo ganha mais força. Em 2020, mais de 600 blocos carnavalescos desfilam pelas ruas da cidade – um corpo que cresce desde que a maior festa do planeta passou a ter apoio da Prefeitura, na gestão de 2013.
E pelas quebradas, os cortejos também se multiplicam. A Periferia em Movimento seleciona e indica 47 blocos pra pular o Carnaval da ponte pra cá.
Confira no mapa abaixo:
Entre os destaques está o Bloco do Beco, tradicional grupo de carnaval de rua com aproximadamente 50 ritmistas que além de sambas enredos, toca marchinhas e outros sambas do gosto popular. O trabalho é tão forte no Jardim Ibirapuera que a folia desembocou em outros projetos na comunidade, como biblioteca comunitária, por exemplo.
Próximo dali, no Piraporinha, o bloco afro É Di Santo desfila pelas ruas com as cores amarelo e branco. O grupo surgiu em 2010, a partir da junção de alguns percussionistas da região do M’Boi Mirim para elaborar projetos musicais: oficinas, shows, wokshops e a formação de um bloco percussivo.
É importante destacar a influência desses grupos na região, que vê aumentar o número de blocos, como o Litraço, o Unidos da Macieira ou a Galera da Rampa, por exemplo. O feriado termina, mas a festa só acaba com o cortejo da União dos Bairros no Parque Arariba, marcado para o dia 01 de março.
No Extremo Sul de São Paulo, moradores de um bairro de colonização alemã promovem o Carnacol Folia, com baterias de escolas de samba da região, grupo de axé, marchinhas e matinê para as crianças, além de praça de alimentação. E próximo dali, também em Parelheiros, moradores do Jardim dos Álamos saem às ruas.
Já na zona Norte, o Urubó arrasta mais de 20 mil pessoas em uma festa familiar pela Freguesia do Ó. O Largo da Matriz, aliás, reúne ainda outros cortejos, como o bloco de reggae JAH É e o Vem Ku Nois. A região tem ainda o Descaxota, o Gleubs e o Zattrevidos, entre outros.
Pela região Noroeste, tem festa durante e depois do Carnaval, com Perus Folia, Unidos de Perus e o bloco afropercussivoEmbondeiro Queixada, que faz referência à luta dos trabalhadores da antiga fábrica de cimento que existia no bairro.
Pela zona Leste, os blocos saem durante todo o feriado. O Itaquerendo Folia desfila pela quinta vez, enquanto o Tá Suavi tem o intuito de fortalecer a economia da região de Sapopemba.
Pra não dizer que não falamos das pontes, indicamos a travessia delas pra curtir um dos mais tradicionais blocos afros da cidade: o Ilú Obá De Min, que tem como base o trabalho com as culturas de matriz africana e afro-brasileira e a mulher. Neste ano, elas homenageiam a cirandeira pernambucana Lia de Itamaracá em desfiles na sexta e no domingo de Carnaval.
Thiago Borges
2 Comentários
[…] Já Erick Ovelha é do Jardim Ibirapuera (na Zona Sul da cidade) e faz parte da associação Bloco do Beco e do Ybirasamba. Próximo dali, no Campo Limpo, Alex Barcellos construiu sua trajetória na cultura […]
[…] de carnaval. Há 2 anos, numa hora dessas, o bloco afro É Di Santo já estava nos preparativos para desfilar pelas ruas do Piraporinha, na região do M’Boi Mirim […]