Divulgada na última semana, a pesquisa “Injustiças estruturais entre jovens na cidade de São Paulo” aponta uma série de barreiras para as juventudes das periferias paulistanas, em sua maioria negras. Realizado pela Juventudes Potentes em parceria com a Rede Conhecimento Social, o estudo entrevistou 600 jovens entre 15 e 29 anos das zonas Sul e Leste da capital, sendo 24% com autodeclaração de cor preta e 47% de cor parda.
Segundo o estudo, 42% das pessoas ouvidas começaram a trabalhar antes dos 16 anos. E, ainda que quase dois terços (64%) trabalhem, 54% diz que há poucas vagas perto de suas casas. Cerca de um quarto (26%) já mentiu sobre o bairro em que mora para tentar conseguir um emprego em área mais distante.
Para 45% de jovens, o preconceito e a discriminação dificultam o acesso às vagas, passando por avaliações que levam em conta sua condição social em vez do currículo e potencialidades. Para 38%, já foram prejudicades por causa da cor da pele.
Outros desafios
– 84% vivem em áreas com infraestrutura urbana, mas que sofrem com falta de água, luz, alagamentos, etc
– 42% demoram mais de 1 hora de viagem para chegar ao centro da cidade
– 60% já se sentiram prejudicades pelo tempo gasto no transporte
– 68% já ficaram sem dinheiro para a passagem
– 21% abandonaram a escola com dificuldades de conciliar estudos, trabalho e outras responsabilidades
– 44% já pensaram em deixar os estudos, mas 78% pretendem continuar pois veem a educação como oportunidade de crescimento
Redação PEM
1 Comentário
Olá. Estou usando os dados aqui presentes para a minha dissertação de Mestrado e gostaria de saber quem foi o autor ou a autora que escrever essa matéria. Agradeço desde já.