Inspiradas em Carolina de Jesus, mulheres negras fazem intervenção artística no Extremo Sul

Inspiradas em Carolina de Jesus, mulheres negras fazem intervenção artística no Extremo Sul

Neste final de semana, o coletivo “Carolinas Soltem Suas Vozes” faz quatro apresentações da intervenção artística “NegrasSão” no Centro de Cidadania da Mulher do Grajaú e no CEU Caminho do Mar

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Sábado e domingo (dias 17 e 18 de dezembro), o coletivo “Carolinas Soltem Suas Vozes” faz quatro apresentações da intervenção artística “NegrasSão” no Centro de Cidadania da Mulher do Grajaú e no CEU Caminho do Mar (Jabaquara).

Inspiradas na escritora Carolina Maria de Jesus (autora do livro “Quarto de Despejo”) e também nas histórias de mães, avós e outras periféricas, o coletivo formado por mulheres negras do Extremo Sul de São Paulo apresenta um espetáculo cênico com música e poesia.

Dessa forma, elas esperam reverberar anseios, dores, curas e tudo que redescoberto durante o processo de escuta realizado em rodas de conversa com outras mulheres nos últimos meses.

Quem foi Carolina?

Nascida em 1914 numa comunidade rural de Sacramento (interior de Minas Gerais), Carolina se mudou para São Paulo na década de 1940 e viveu na Favela do Canindé. Frequentou até a segunda série do Ensino Fundamental, suficiente para aprender a ler e escrever – algo que seria exceção na comunidade onde morou e que relatou em seus diários. Em 1960, descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, teve seus relatos publicados com o livro “Quarto de Despejo”, onde conta a vida na favela, a contínua violação de direitos e a rotina de fome – best seller com mais de 100 mil cópias vendidas, traduzido para 13 idiomas e exportado para mais de 40 países.

2 Comentários

  1. […] precisa ser dirigido por alguém que já passou fome. A fome também é professora”, escreve Carolina Maria de Jesus em “Quarto de Despejo: diário de uma favelada”. Naquelas páginas, sem floreios, a então […]

  2. […] em 1914, em Sacramento (MG), Carolina migrou ainda jovem para São Paulo e se estabeleceu na extinta favela do Canindé, onde sobreviveu […]

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