Há 2 semanas, na madrugada de quarta-feira (27/7/22), a casa-sede da Periferia em Movimento no Grajaú (Extremo Sul de São Paulo) foi invadida e furtada. Felizmente, não havia ninguém da equipe no local, porém a produtora independente de jornalismo de quebrada sofreu um prejuízo de mais de R$ 25 mil.
Para nós, que fazemos jornalismo de quebrada no perrengue desde sempre, esse é mais um episódio que demonstra ao mesmo tempo a importância e a vulnerabilidade da nossa atuação jornalística. Precisamos reforçar a segurança física e pessoal para seguir trabalhando a partir das periferias, e assim denunciar as violações e destacar o protagonismo periférico na garantia de direitos em meio às contradições de nosso tempo.
Por isso, a Periferia em Movimento arrecada recursos amenizar o impacto material da ação.
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O que aconteceu?
Pessoas não identificadas pularam o muro da casa, cortaram e removeram cabos de energia, arrombaram fechaduras de portas e conseguiram superar grades de um cômodo que até então considerávamos “seguro”.
Essas pessoas levaram consigo itens de uso comum e equipamentos de trabalho de nossa equipe, tais como: 4 notebooks (macbook, samsung, dell, multilaser); um kit de câmera canon com lentes, além de cartões de memória, carregadores e baterias; placa de vídeo, mesa e caixa de som; microondas, botijão de gás e furadeira, entre outros pertences.
Todos os trâmites foram feitos, como boletim de ocorrência e acionamento de seguradora, assim como outras coletividades do território foram avisadas do acontecimento. Porém, muito pouco do nosso prejuízo deve ser ressarcido pela empresa de seguro. Somam-se a isso as altas recentes de dólar e inflação, que impactam na compra de novos eletrônicos.
Vale ressaltar que a casa é utilizada como local de trabalho da equipe da PEM, que hoje conta com 14 pessoas (entre fixas e colaboradoras) e produz mais de 150 conteúdos por ano (entre notícias e reportagens em diferentes formatos, como texto, foto, vídeo, áudio e design), que atingem mais de 100 mil pessoas por mês.
A sede também tem a realização de reuniões internas e de encontros de aprendizagem, como cursos e oficinas – desde 2010, realizamos mais de 5 mil horas de formação com a participação de 3,5 mil pessoas, especialmente adolescentes estudantes de escolas públicas. Algumas dessas pessoas se profissionalizaram e tornaram-se integrantes da própria Periferia em Movimento.
A equipe preparava o espaço para retomar encontros presenciais com jovens no segundo semestre, com a proposta de discutir mídias, periferias e direitos humanos, assim como experimentar a produção jornalística com uso dos equipamentos disponíveis no espaço. Infelizmente, esse cronograma precisará ser alterado devido ao furto recente e à necessidade de restabelecimento.
Para nós, que fazemos jornalismo de quebrada no perrengue desde sempre, esse é mais um episódio que demonstra ao mesmo tempo a importância e a vulnerabilidade da nossa atuação jornalística. Precisamos reforçar a segurança física e pessoal para seguir trabalhando a partir das periferias, e assim denunciar as violações e destacar o protagonismo periférico na garantia de direitos em meio às contradições de nosso tempo.
Aqui, é nois por nois desde sempre. Contamos com sua ajuda, da forma que for possível!
Redação PEM