Periferia em Movimento arrecada recursos após sofrer furto de equipamentos em sede no Extremo Sul de SP

Periferia em Movimento arrecada recursos após sofrer furto de equipamentos em sede no Extremo Sul de SP

Espaço é utilizado para trabalho e encontros de aprendizagem. Colabore com PIX, assinatura recorrente ou de alguma outra forma

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Tempo de leitura: 4 minutos

Há 2 semanas, na madrugada de quarta-feira (27/7/22), a casa-sede da Periferia em Movimento no Grajaú (Extremo Sul de São Paulo) foi invadida e furtada. Felizmente, não havia ninguém da equipe no local, porém a produtora independente de jornalismo de quebrada sofreu um prejuízo de mais de R$ 25 mil.

Para nós, que fazemos jornalismo de quebrada no perrengue desde sempre, esse é mais um episódio que demonstra ao mesmo tempo a importância e a vulnerabilidade da nossa atuação jornalística. Precisamos reforçar a segurança física e pessoal para seguir trabalhando a partir das periferias, e assim denunciar as violações e destacar o protagonismo periférico na garantia de direitos em meio às contradições de nosso tempo.

Por isso, a Periferia em Movimento arrecada recursos amenizar o impacto material da ação.

Colabore com o PIX: A chave é o CNPJ 42.115.575/0001-08 (em nome Associação Periferia em Movimento)

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O que aconteceu?

Pessoas não identificadas pularam o muro da casa, cortaram e removeram cabos de energia, arrombaram fechaduras de portas e conseguiram superar grades de um cômodo que até então considerávamos “seguro”.

Essas pessoas levaram consigo itens de uso comum e equipamentos de trabalho de nossa equipe, tais como: 4 notebooks (macbook, samsung, dell, multilaser); um kit de câmera canon com lentes, além de cartões de memória, carregadores e baterias; placa de vídeo, mesa e caixa de som; microondas, botijão de gás e furadeira, entre outros pertences.

Todos os trâmites foram feitos, como boletim de ocorrência e acionamento de seguradora, assim como outras coletividades do território foram avisadas do acontecimento. Porém, muito pouco do nosso prejuízo deve ser ressarcido pela empresa de seguro. Somam-se a isso as altas recentes de dólar e inflação, que impactam na compra de novos eletrônicos.

Vale ressaltar que a casa é utilizada como local de trabalho da equipe da PEM, que hoje conta com 14 pessoas (entre fixas e colaboradoras) e produz mais de 150 conteúdos por ano (entre notícias e reportagens em diferentes formatos, como texto, foto, vídeo, áudio e design), que atingem mais de 100 mil pessoas por mês.

A sede também tem a realização de reuniões internas e de encontros de aprendizagem, como cursos e oficinas – desde 2010, realizamos mais de 5 mil horas de formação com a participação de 3,5 mil pessoas, especialmente adolescentes estudantes de escolas públicas. Algumas dessas pessoas se profissionalizaram e tornaram-se integrantes da própria Periferia em Movimento.

A equipe preparava o espaço para retomar encontros presenciais com jovens no segundo semestre, com a proposta de discutir mídias, periferias e direitos humanos, assim como experimentar a produção jornalística com uso dos equipamentos disponíveis no espaço. Infelizmente, esse cronograma precisará ser alterado devido ao furto recente e à necessidade de restabelecimento.

Para nós, que fazemos jornalismo de quebrada no perrengue desde sempre, esse é mais um episódio que demonstra ao mesmo tempo a importância e a vulnerabilidade da nossa atuação jornalística. Precisamos reforçar a segurança física e pessoal para seguir trabalhando a partir das periferias, e assim denunciar as violações e destacar o protagonismo periférico na garantia de direitos em meio às contradições de nosso tempo.

Aqui, é nois por nois desde sempre. Contamos com sua ajuda, da forma que for possível!

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