A quinta edição do Festival Percurso acontece neste domingo (09 de dezembro), na Praça do Campo Limpo, zona Sul de São Paulo. Com mais de 40 atrações artísticas, o tema deste ano é #OMaiorTerreiroDoMundo, e propõe destacar a ancestralidade negra e indígena nas quebradas. E, como de costume, a Agência Solano Trindade (que organiza a festa) também promove espaços de trocas – comerciais ou de saberes.
Tudo começa na véspera (sábado, 08 de dezembro), com o Perifa Talks, que conecta Campo Limpo e Grajaú. A partir das 10h, o Espaço Cultural CITA é palco para depoimento sobre a vida, obra e a trajetória empreendedora de grandes referências em projetos de negócios, alimentação saudável, saúde mental, uso de ervas medicinais, empreendedorismo negro, protagonismo feminino, hip hop entre outros.
Entre os participantes, estão Adriana Barbosa, criadora da Feira Preta e a MC e articuladora Nayra Lays, de 21 anos, tratará da nova geração de mulheres artistas que estão emergindo das margens e ocupando todos os espaços.
Já no domingo, dia do Festival, a Feira Paul Singer (batizada em homenagem ao professor que fundamentou os princípios da economia solidária) recebe empreendedoras e empreendedores com novidades da moda, acessórios, artesanatos, produtos para decoração, entre outros
Rango
O espaço “Alimentando Pontes” vai reunir chefs das periferias com chefs da região central e das quebradas de São Paulo. Os encontros não serão apenas culinários mas, principalmente, de troca de experiências de vida e opiniões sobre a democratização do ato de comer bem.
Ao som dos artistas da cultura periférica, em um ambiente descontraído, a chef Bel Coelho (do restaurante Clandestino e apresentadora do programa Receita de Viagem), estará cozinhando com a chef Tia Nice, da Cozinha Criativa da Agência Solano Trindade, e com o Mestre Aderbal Ashogun, sacerdote do candomblé. O evento recebe também os chefs Edson Leite, do Gastronomia Periférica, a vegana Laila Mengarda e Luciano Nardelli, da premiada Carlos Pizza.
Além disso, estarão disponíveis mais de 30 tipos de empreendimentos gastronômicos de quituteiras, restaurantes e projetos relacionados à cultura alimentar. Fora os tradicionais tutu de feijão, baião de dois e acarajés, a feira vai oferecer pastéis de panc (plantas alimentícias não convencionais), sorvetes e compotas gourmet e cervejas artesanais.
Feira Campo & Perifa
A conexão entre a roça e a periferia estará nas barracas de alimentos orgânicos vindos direto dos produtores, na venda de queijos, geleias, antepastos, mel, cosméticos naturais ou mesmo na troca de sementes. Mas não só. O espaço foi criado para difundir princípios de respeito e interação sustentável do ser humano com a natureza. Os expositores, alinhados à sabedoria da agricultura familiar e às boas práticas da permacultura, são especialistas no gerenciamento integrado dos ecossistemas naturais e vão estar disponíveis para interagir com o público.
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[…] redes, circuitos. É preciso a gente se conectar ainda mais”, reforça ele. Um exemplo é o Festival Percurso, que em 2018 teve um movimento de R$ 68 mil nas barracas de roupas, acessórios e […]