Foto em destaque: Ana Carolina Rodrigues
A quebrada é feita de encontros. Na rua, na escola, no comércio, na várzea, na sede da associação local… É no cotidiano que as gerações se cruzam, compartilham saberes e constroem memória.
A partir dessa perspectiva, a Periferia em Movimento inaugura a exposição “Gerações Periféricas Conectadas” no próximo domingo (6 de julho), a partir das 15h.
A exposição fica em cartaz até 6 de agosto de 2025, no Centro Cultural Grajaú – rua Professor Oscar Barreto Filho, 252 – Parque América, Extremo Sul de São Paulo. O espaço funciona de terça a sábado, das 9h às 20h, e aos domingos, das 9h às 18h. A entrada é gratuita.
Do que estamos falando, afinal?
Fotógrafa Nalva Maria em roda de saberes promovida em agosto de 2024, antes de seu falecimento (foto: Vitori Jumapili)
Esse é o resultado de um processo coletivo construído ao longo de um ano e meio, no âmbito do projeto “Repórter da Quebrada – Gerações Periféricas Conectadas”, realizado pela Periferia em Movimento com apoio da 8ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia, da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa da Prefeitura de São Paulo.
A exposição contempla a articulação e o mapeamento territorial, a realização de oficinas de comunicação, rodas de saberes, de um curso voltado a pessoas de diferentes gerações, de um escambo periférico no Quilombo Cafundó e a produção de mais de 60 reportagens nesse período.
O público poderá conferir por um novo ângulo as fotos, vídeos, áudios e textos jornalísticos produzidos por pessoas periféricas e que fazem um recorte da garantia de direitos numa perspectiva intergeracional.
O futuro do jornalismo
Na estreia, a co-fundadora e gestora de redes da Periferia em Movimento, Aline Rodrigues, media uma roda de conversa sobre mudanças significativas do jornalismo e da comunicação nas periferias.
Para isso, Aline recebe como convidados:
- a jornalista Sanara Santos, nascida e criada na Favela da Ilha (zona Leste), que é co-fundadora da Transmídia e diretora do Laboratório Énois.
- o jornalista e educador Ronaldo Matos, morador do Capão Redondo (zona Sul), diretor executivo e co-fundador do Desenrola e Não Me Enrola e do Território da Notícia.
- e a pedagoga e multiartista Luara Angélica, moradora de Parelheiros (Extremo Sul), que participou do curso Repórter da Quebrada.
Ao longo do mês de julho, acontecerão visitas guiadas com grupos periféricos e abertas ao público em geral. Confira a programação em breve no instagram da Periferia em Movimento.
- Sanara Santos (Arquivo)
- Ronaldo Matos (Arquivo)
- Luara Angélica (foto: Caio Pimenta)