O primeiro final de semana de outubro de 2019 tem estreia do espetáculo “Kalunga Grande” e curta temporada de “Histórias Bordadas em Mim”, além da segunda edição do ExpectaDivas.
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Kalunga Grande: travessia ao longo do tempo
Após 17 meses de estudos do Grupo Identidade Oculta e o Espaço Cultural Cazuá, neste domingo (06/10) estreia “Kalunga Grande: Rios de Sangue, Corpos Negros Jogados ao Mar”.
A apresentação começa às 16h30, no Parque Linear Cantinho do Céu, às margens da represa Billings, no Extremo Sul de São Paulo. Em caso de chuva, não haverá espetáculo. Saiba mais aqui.
O espetáculo parte da necessidade latente de investigar o caminho histórico entre a senzala e a favela, e os respectivos impactos das violências, violações e meios de “re-existência” na vida do povo negro e afroperiférico entendendo Kalunga como “lugar de travessia”.
“É como o imenso mar que, em um passado não muito distante, foi rota comercial escravista. Lugar no qual, durante a travessia do Atlântico, que tornou-se negro, sangravam sonhos, rompiam-se famílias. Vemos nos rios de sangue as águas represadas nas margens da cidade. Essas margens que nos marginalizam e fazem com que os corpos negros sigam amontoados, ora nos vagões, ora nos camburões”
Grupo Identidade Oculta e Espaço Cultural Cazuá
Após a apresentação na beira da represa, o espetáculo deve seguir para se apresentar em outros lugares da cidade. A preparação inclui palestras, rodas de conversa e oficinas diversas, como esta abaixo de Dança e Percussão Afrobrasileiras com orientação de Pedro Peu:
Um posicionamento político
Outro espetáculo que aborda a ancestralidade é “Histórias Bordadas em Mim”, uma autobiografia de Agrinez Melo.
A atriz pernambucana faz curta temporada em São Paulo, com apresentações nesta sexta-feira (04/10), na Goma Capulanas (Rua José Barros Magaldi, 1121 – Jd. São Luís. Às 20h. Entrada: R$ 10 a R$ 20); e no sábado (05/10), na Fábrica de Cultura de Diadema (Rua Vereador Gustavo Sonnewend Neto, 135 – Centro. Às 15h. Entrada gratuita).
A apresentação é um convite para um chá acompanhado de tareco e um alinhavar de histórias, vividas no passado e no presente.
Feito sem incentivo financeiro, o espetáculo foi apresentado pela primeira vez há 03 anos e aborda histórias de luta e posicionamento enquanto mulher negra, nordestina, mãe, do feminino sagrado e de posicionamento político.
A encenação caminha para o questionamento e reflexão social e filosófica em relação a valorização do ser humano por meio de pequenas coisas, do resgate de sua ancestralidade.
ExpectaDivas
A representatividade da população LGBTQIA+ dita o tom da segunda edição do ExpectaDivas, que neste ano tem o tema “Tropical”. Em 03 dias de atividade, o evento tem oficinas, shows, performances e sarau.
A programação começa nesta sexta-feira (04/10), às 16h, com Técnicas de maquiagem para drag kin, com Iara Valentim Dias; Defesa pessoal para mulheres e pessoas da comunidade LGBTQIA+; e oficina de Vogue e Runway, com Luna Ákira.
No sábado (05/10), mesmo horário, tem workshop de maquiagem para pele negra, com Ian Ribeiro; e formação em sexualidade e gênero, com a psicóloga e educadora Elânia Francisca.
E no domingo (06/10), tem mais oficina de defesa pessoal e Vogue e Runway; imersão de Maquiagem Criativa, com Alma Negrot; corte e trança nagô com o Espaço Boom Box.
No encerramento, a partir das 17h, tem discotecagem com DJ Liciss; shows de Marina Matheus, Sanara Santos e Gui Cruz; performances de Tia Franny, Abapurana, Violet Safira, Zaira Safira, Izabella Safira e Willy; e sarau com Travas da Sul.
O rolê acontece no Centro Cultural Grajaú, que fica na rua Professor Oscar Barreto Filho, 252, no Parque América (Extremo Sul de São Paulo). Saiba mais aqui.