Foto em destaque: Ato em 13 de maio de 2021 / Mídia Ninja
Neste sábado, completam-se 50 anos da primeira celebração do dia 20 de novembro – e também início de reivindicações da data como dia da Consciência Negra. A data, que marca o assassinato do líder quilombola Zumbi dos Palmares, foi reconhecida por lei federal em 2011 e é marcada como feriado em diferentes cidades do País – inclusive, São Paulo. E a luta contra o racismo e por direitos marca este fim de semana.
A partir do meio-dia, a avenida Paulista recebe a 18ª Marcha da Consciência Negra, que ocupa as ruas da cidade para lutar pela vida do povo negro brasileiro e é marcada em especial pela reivindicação da saída de Bolsonaro do poder. A manifestação tem início com apresentações de artistas e grupos culturais, um ato de abertura com povos de terreiro e caminhada.
A marcha é organizada pela Coalizão Negra por Direitos, Convergência Negra, Campanha Fora Bolsonaro, entre outras entidades. Os grupos recomendam uso de máscara ao longo de todo evento. Mais de 60 atos estão previstos em todo Brasil e em 4 países do exterior. Confira a relação completa aqui.
Já no domingo (21/11), o CT em Luta – Comitê Mestre Moa realiza a Marcha da Periferia em Cidade Tiradentes (Extremo Leste da capital paulista). O ato acontece às 13h, em frente ao terminal de ônibus Cidade Tiradentes.
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Cultura e convivência
Nesta data, as manifestações culturais também reforçam a importância do povo negro na sociedade brasileira e denunciam violações que seguem acontecendo.
O projeto CineB Solar, que faz exibições de filmes utilizando uma van, vai promover 2 sessões do filme Doutor Gama. O filme biográfico conta a história do escritor, advogado, jornalista e abolicionista Luiz Gama, que usou seu conhecimento sobre as leis e os tribunais para libertar mais de 500 pessoas escravizadas durante sua vida. As exibições acontecem nesta sexta (19/11) no salão da Paróquia São Patrício (avenida Otacílio Tomanick, 1555 – Rio Pequeno, zona Oeste); e na segunda-feira (22/11), às 19h, na escola Irmã Dulce (rua Vitoriano Palhares, 10 – Jardim Amália, zona Sul). É preciso pegar ingressos antecipadamente e seguir protocolos de segurança sanitária.
Já no sábado (20/11), a partir das 14h, a Casa Poética realiza o evento Biqueira Literária: Prosa e poesia. O encontro começa às 14h, com um diálogo sobre antirracismo com a participação das poetas Luz Ribeiro, Jéssica Campos, Matriarcak e Brenalta. Em seguida, Elizandra Souza, Juliana Prado, Aline Fátima, Mila Rodrigues e Débora Santos fazem um bate papo sobre o lançamento do livro “Literatura Negra Feminina”. O espaço tá localizado na rua Miguel Rachid, 611 – Vila Paranaguá (zona Leste).
Também no sábado (20/11), às 20h, o Coletivo Negrume faz um ensaio aberto de O Auto do Coração Engatilhado. Na performance, Riquelve entra em um ônibus pronto pra disparar. Parado em uma avenida de uma grande cidade, ele encontra em seu caminho uma estudante de direito, uma mãe de santo e 80 snipers em posição de ataque. A transmissão virtual acontece pela plataforma zoom. Para acompanhar, é necessário enviar uma mensagem para o coletivo aqui.
No domingo (21/11), a Associação Cultural Cafundós promove uma edição especial do Grajaú contra o Racismo. A partir das 14, ocorre um cortejo de abertura, seguido por roda de conversa sobre o que é Consciência Negra e um encerramento com vivência em danças populares. Com a situação da pandemia, o evento ocorre em formato reduzido e totalmente ao ar livre: será às margens da represa Billings, no deck do parque linear do Lago Azul, localizado na rua Flor de Cactos (Extremo Sul de São Paulo).
Próximo dali, no mesmo dia, a Rede Nois por Nois inaugura sua nova sede. Hub de criatividade, articulação e desenvolvimento de pessoas e negócios periféricos, a rede apresenta o espaço com apresentações de Somos Umsoh, DJ Vijay e DJ Liccis; petiscos com Sabores Divinos; loja colaborativa Sankofa Hub; e a exposição e venda de produtos de marcas pretas e periféricas. A partir das 17h, na rua São José do Rio Preto, 749, no BNH.
Redação PEM
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