Com câmeras corporais e outras medidas de controle, letalidade policial diminui em São Paulo

Com câmeras corporais e outras medidas de controle, letalidade policial diminui em São Paulo

Levantamento do Instituto Sou da Paz mostra que mortes decorrentes de intervenção policial caíram de 780 em 2020 para 543 em 2021 com adoção de equipamentos e outras ações

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Com informações da assessoria de imprensa

Batalhões do estado de São Paulo reduziram a violência policial – incluindo a morte de policiais em serviço – após adotarem câmeras nos uniformes de agentes, medida que teve início em julho de 2020. De acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz, as mortes decorrentes de intervenção policial caíram de 780 em 2020 para 543 em 2021 (menor índice desde 2013, quando foram registrados 505 óbitos do tipo).

Inicialmente 500 câmeras foram implementadas em 3 batalhões. Em 2021, cerca 3000 foram implementadas em 18 batalhões da capital, Grande São Paulo e interior do estado. Os equipamentos permitem gravar vídeo e som, transmitir dados, armazenar e recuperar imagens.

Como impacto mais emblemático dessa medida, o Sou da Paz aponta a série histórica de letalidade do Comando de Policiamento de Choque, do qual faz parte o batalhão das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA). Quando policiais desse grupo passaram a utilizar as câmeras corporais, a média de mortes causadas pelo batalhão diminuiu de 7 para 2 por mês. Em todos os batalhões que utilizam câmeras, a letalidade diminuiu mais de 40%.

O Sou da Paz aponta, no entanto, que outras medidas implementadas contribuíram para a diminuição das mortes causadas por policiais. Isso consta na nota técnica “Mecanismos de controle do uso da força e da letalidade implementados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo em 2020 e 2021

Entre as iniciativas está a estrutura correcional, que disciplina os procedimentos adotados quando ocorrem casos de uso da força letal; as comissões de mitigação de risco, colegiado formado pelo comandante de área e policiais que analisam a conduta do agente envolvido no caso; o sistema de saúde mental da Polícia Militar; o uso de armas de incapacitação neuromuscular (as armas de choque), que dispensa a necessidade do uso de arma de fogo a depender do contexto, além das câmeras corporais.

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