A posse do Lula: Entre risos e lágrimas, público vive ápice da emoção em início de governo com grandes expectativas

A posse do Lula: Entre risos e lágrimas, público vive ápice da emoção em início de governo com grandes expectativas

O que vimos em meio ao povo presente na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante a festa de início do novo governo petista

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Entrevistas por Laís Diogo. Edição de texto: Thiago Borges. Fotos: Douglas Fontes e Thiago Borges. Apoio: Paula Lopes Menezes. Agradecimento especial: Ana Flavia Barbosa, do Coletivo DUCA de Ceilândia (DF)

Bandeira alvinegra estendida, cerveja Antarctica Subzero na mão e um respiro aliviado. Wildner de Paula Rocha sabe que a luta é para a vida inteira, mas neste 1º de janeiro de 2023 queria mesmo é comemorar. O morador do Imirim (zona Norte de São Paulo) viajou com 3 ônibus da Gaviões da Fiel até a capital federal para participar da festa posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu terceiro mandato na Presidência da República.

“É uma expectativa muito grande, do pontapé da mudança. Esse é só o primeiro degrau. Hoje, a gente vem com a consciência e alma mais leve pra comemorar, mas a gente sabe que a partir de amanhã é preciso estar na rua porque não tem como ter sossego. Ao contrário, é preciso muita luta”, diz o integrante da torcida organizada do Corinthians.

O Partido dos Trabalhadores (PT) esperava que 300 mil pessoas estivessem presentes na Esplanada dos Ministérios para acompanhar a cerimônia deste domingo (1/1), que marcou o início do novo governo. De avião, carro e principalmente de ônibus vindos de todo o País, famílias, grupos de amigues, militantes de movimentos sociais, organizações e coletivos diversos tomaram o gramado sob um forte sol.

A Periferia em Movimento também acompanhou e registrou a posse de Lula a partir do gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. E assim como boa parte das pessoas, viajamos por dezenas de horas em mais de mil quilômetros de distância, enfrentamos perrengues e até falta de combustível para fazer essa cobertura. Confira nas imagens e relatos os diferentes perfis de pessoas, as reações à cerimônia e o clima de celebração.

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Wildner, da Gaviões, chegou na véspera do evento, mas muita gente desembarcou na capital federal a poucas horas da programação começar. É o caso de Vitória, de 21 anos, que passou 17 horas no busão e viu 2023 começar na estrada.

 

Ela, que atua em uma das cozinhas solidárias criadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para amenizar o impacto da fome durante a pandemia, viajou de Parada de Taipas (zona Noroeste de São Paulo) com uma caravana do MTST para acompanhar a posse de perto.

 

“Espero que o novo governo arrume a bagunça que o antigo governo deixou, na saúde, educação, e ajude os mais necessitados – que somos nós, os pretos, periféricos e que estamos aqui hoje”, aponta Vitória.

 

O público presente viveu o ápice da emoção. As reações variavam do riso ao encontrar pessoas conhecidas ou cantar a plenos pulmões o hit “Tá na hora do Jair já ir embora”, de Juliano Madeirada; às lágrimas ao ouvir o discurso de Lula mais uma vez prometendo combater a fome e as desigualdades, e especialmente ao receber a faixa presidencial de pessoas que representam a pluralidade da população brasileira.

 

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Valdiran viajou de Parnamirim (RN) em uma caravana do Comitê Popular. A viagem de mais de 2,4 mil quilômetros teve direito a ônibus quebrado, muito cansaço e a travessia de boa parte do estado da Bahia. Mas valeu a pena. “Não tem como pensar: ‘será que vai dar errado?’. Porque o que passou foi horrível, estúpido e sacrificante, então tudo que for vindo de lá pracá vai ser excelente”, diz ele.

Já Débora Freire, que mora na Asa Norte em Brasília, estava próxima e compareceu ao evento com toda a família. “Eu espero que nós mulheres tenhamos voz, que tenhamos respeito aos deficientes, aos negros, às crianças. O respeito de volta: é isso que eu espero muito”, destaca.

Vestida de “estrelinha do PT”, a militante Susy Keith chegou à Esplanada vestida de “estrelinha do PT”. Filiada ao partido e moradora de Nova Iguaçu (município da baixada fluminense), ela foi muito abordada para tirar fotos com o público e promete viajar o Brasil em 2023 para apoiar o governo Lula – a quem vê como um “escolhido de Deus”.

“Deus quer que ele venha honrar o ser humano, e isso é [honrar a] todos, sem nenhuma diferença”, completa ela, que é evangélica.


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Entrevistas por Laís Diogo. Edição de texto: Thiago Borges. Fotos: Douglas Fontes e Thiago Borges. Apoio: Paula Lopes Menezes. Agradecimento especial: Ana Flavia Barbosa, do Coletivo DUCA de Ceilândia (DF)

Bandeira alvinegra estendida, cerveja Antarctica Subzero na mão e um respiro aliviado. Wildner de Paula Rocha sabe que a luta é para a vida inteira, mas neste 1º de janeiro de 2023 queria mesmo é comemorar. O morador do Imirim (zona Norte de São Paulo) viajou com 3 ônibus da Gaviões da Fiel até a capital federal para participar da festa posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu terceiro mandato na Presidência da República.

“É uma expectativa muito grande, do pontapé da mudança. Esse é só o primeiro degrau. Hoje, a gente vem com a consciência e alma mais leve pra comemorar, mas a gente sabe que a partir de amanhã é preciso estar na rua porque não tem como ter sossego. Ao contrário, é preciso muita luta”, diz o integrante da torcida organizada do Corinthians.

O Partido dos Trabalhadores (PT) esperava que 300 mil pessoas estivessem presentes na Esplanada dos Ministérios para acompanhar a cerimônia deste domingo (1/1), que marcou o início do novo governo. De avião, carro e principalmente de ônibus vindos de todo o País, famílias, grupos de amigues, militantes de movimentos sociais, organizações e coletivos diversos tomaram o gramado sob um forte sol.

A Periferia em Movimento também acompanhou e registrou a posse de Lula a partir do gramado da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. E assim como boa parte das pessoas, viajamos por dezenas de horas em mais de mil quilômetros de distância, enfrentamos perrengues e até falta de combustível para fazer essa cobertura. Confira nas imagens e relatos os diferentes perfis de pessoas, as reações à cerimônia e o clima de celebração.

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Wildner, da Gaviões, chegou na véspera do evento, mas muita gente desembarcou na capital federal a poucas horas da programação começar. É o caso de Vitória, de 21 anos, que passou 17 horas no busão e viu 2023 começar na estrada.

 

Ela, que atua em uma das cozinhas solidárias criadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para amenizar o impacto da fome durante a pandemia, viajou de Parada de Taipas (zona Noroeste de São Paulo) com uma caravana do MTST para acompanhar a posse de perto.

 

“Espero que o novo governo arrume a bagunça que o antigo governo deixou, na saúde, educação, e ajude os mais necessitados – que somos nós, os pretos, periféricos e que estamos aqui hoje”, aponta Vitória.

 

O público presente viveu o ápice da emoção. As reações variavam do riso ao encontrar pessoas conhecidas ou cantar a plenos pulmões o hit “Tá na hora do Jair já ir embora”, de Juliano Madeirada; às lágrimas ao ouvir o discurso de Lula mais uma vez prometendo combater a fome e as desigualdades, e especialmente ao receber a faixa presidencial de pessoas que representam a pluralidade da população brasileira.

 

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Valdiran viajou de Parnamirim (RN) em uma caravana do Comitê Popular. A viagem de mais de 2,4 mil quilômetros teve direito a ônibus quebrado, muito cansaço e a travessia de boa parte do estado da Bahia. Mas valeu a pena. “Não tem como pensar: ‘será que vai dar errado?’. Porque o que passou foi horrível, estúpido e sacrificante, então tudo que for vindo de lá pracá vai ser excelente”, diz ele.

Já Débora Freire, que mora na Asa Norte em Brasília, estava próxima e compareceu ao evento com toda a família. “Eu espero que nós mulheres tenhamos voz, que tenhamos respeito aos deficientes, aos negros, às crianças. O respeito de volta: é isso que eu espero muito”, destaca.

Vestida de “estrelinha do PT”, a militante Susy Keith chegou à Esplanada vestida de “estrelinha do PT”. Filiada ao partido e moradora de Nova Iguaçu (município da baixada fluminense), ela foi muito abordada para tirar fotos com o público e promete viajar o Brasil em 2023 para apoiar o governo Lula – a quem vê como um “escolhido de Deus”.

“Deus quer que ele venha honrar o ser humano, e isso é [honrar a] todos, sem nenhuma diferença”, completa ela, que é evangélica.


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