2ª Marcha Transmasculina: Ato em SP reivindica direitos sociais para pessoas transmasculinas

2ª Marcha Transmasculina: Ato em SP reivindica direitos sociais para pessoas transmasculinas

Organização diz que, em 2024, mais de 10 mil pessoas tomaram a avenida Paulista na que seria a maior mobilização transmasculina do mundo. Nova edição acontece neste domingo (30/3)

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Tempo de leitura: 4 minutos

Neste domingo (30/3), a capital paulista receberá a 2ª Marcha Transmasculina de São Paulo, um ato político e cultural que reforça a luta por direitos fundamentais da população transmasculina no Brasil.

Com o tema “Transmasculines na linha de frente: Nossa luta é por trabalho, moradia, saúde, educação e dignidade”, a mobilização terá início às 12h, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), e seguirá em marcha até a Praça Dom José Gaspar.

A organização do evento, assim como no ano passado, é do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades – Núcleo São Paulo (IBRAT-SP), mas vem sendo construída de forma popular e coletiva.

No dia 9 de fevereiro, uma assembleia popular reuniu mais de 100 pessoas para definir os rumos da Marcha deste ano, garantindo que as pautas e demandas do movimento sejam estabelecidas por aqueles que vivem essa realidade diariamente.

“Ser transmasculino no Brasil é existir apesar de um CIStema que nos nega. Mas nós recusamos o apagamento. A Marcha é nosso grito coletivo, nossa afirmação de vida, cultura e resistência. Estamos aqui, organizados e em movimento, porque nossa existência é inegociável e a cidade vai nos ver, nos ouvir e sentir nossa força”, aponta Ravi Spreizner, vice-coordenador geral do IBRAT-SP.

Histórico e continuidade da luta

Marcha Transmasculina 1 edição 2024 (foto: Íra Barillo)

Marcha Transmasculina 1 edição 2024 (foto: Íra Barillo)

A 1ª Marcha Transmasculina de São Paulo, realizada em 2024, marcou um momento inédito na história do movimento trans no Brasil e no mundo, levando mais de 10 mil pessoas para a Avenida Paulista para reivindicar visibilidade e direitos, de acordo com dados da PM e CET.

Este ano, a Marcha reafirma seu compromisso com a luta pelo acesso digno a políticas públicas essenciais, como saúde, trabalho, moradia e educação.

“Nossa existência não pode ser ignorada. Estamos na linha de frente da luta por direitos básicos que garantam nossa dignidade e nossa sobrevivência. A mobilização popular da Marcha reflete a urgência de políticas públicas efetivas para pessoas transmasculinas no Brasil”, afirma Kyem Ferreiro, coordenador geral do IBRAT-SP.

O IBRAT-SP é uma organização de referência na luta pelos direitos da população transmasculina, promovendo articulações políticas, ações de saúde pública e iniciativas culturais voltadas para o fortalecimento da comunidade.

Fundado em 2013 e reestruturado em 2020, o instituto tem como objetivo principal garantir visibilidade e políticas públicas para transmasculines, articulando-se com movimentos sociais, ativistas e parlamentares.

Além de sua atuação na Frente Parlamentar LGBTQIA+ e no Comitê Municipal de Saúde LGBTQI+, o IBRAT-SP promove eventos para a comunidade transmasculina, como o ECAT – Encontro de Crianças e Adolescentes Trans, Vozes da Terra – que em sua última edição abordou transmasculinidades em retomada indígena, e Nossos Corpos em Movimento, que abordou saúde mental e física para pessoas trans.

A Marcha é fruto de um trabalho contínuo do movimento transmasculino, que há anos vem construindo espaços de luta e resistência, e contará com apresentações culturais, oficinas, ações de saúde e momentos de fala que trarão reflexões sobre a realidade da população transmasculina no País.

Fotos: Íra Barillo (@irabarillo)

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