Ravih – Medo
Paulistano do Extremo Sul da cidade, Ravih (na ilustração de capa desta matéria) confessa seus temores na faixa “Medo”, single mais recente lançado pelo artista. Com a percepção de mundo profundamente alterada após se reconhecer como uma pessoa negra e queer, Ravih desabafa sobre o quão desafiador é passar pelo processo de transição para a vida adulta.
A música chega acompanhada por um videoclipe em animação ilustrado e animado pelo artista Pedro Borges, com roteiro e direção de RAVIH. Na história contada no clipe, RAVIH embarca numa viagem de trem, onde assiste todo o seu futuro, incluindo a realização do seu maior medo, que é o falecimento da mãe.
Caetana – Deluxe Afronordestina
Em fevereiro, a cantora pernambucana Caetana apresentou o álbum “Deluxe Afronordestina”, gravado ao vivo no estúdio Trakitana, em São Paulo. O álbum é um desdobramento do primeiro trabalho lançado por Caetana, intitulado “Afronordestina”.
A produção possui 7 faixas e é guiada por uma fusão vibrante de frevo e reggaeton. Além disso, conta com colaborações de Passarinho, Eramir Neto, Raphael Coelho, Ivan Santarém, Matheus Montenegro, Maurício Avadore e Nayara Macedo.
Originária do Recife, Caetana é a primeira cantora trans a gravar um frevo no Brasil, e traz em sua obra influências do coco de roda, forró, samba, funk, rap e hip-hop. Além disso, a dançarina e também percussionista destaca-se não apenas pela sua música, mas também pela sua contribuição para a representatividade LGBTQIA+ na cena artística.
Jovem MK – Meu Karma
Cria da Hortolândia, município do interior de São Paulo, Jovem MK apresenta seu disco de estreia intitulado “Meu Karma”, após o sucesso de seu primeiro EP “Da Viela Pro Mundo”, que já conta com mais de 1,5M nos streams.
No decorrer das 9 faixas que compõem a obra, a artista retrata o diagnóstico de um Brasil em que o primeiro presente de muitos jovens é uma arma de fogo. A obra também revela a redenção de Jovem MK, que recusa perpetuar sua vida no crime e escolhe o caminho da música.
Jovem MK é a principal aposta no rap da produtora Kondzilla, e além do disco, apresentou ao mundo também o curta-metragem, que também leva o nome de “Meu Karma”. O projeto é o primeiro da KondZilla em Dolby Atmos, com experiência 360°, trazendo maior imersão na música.
Paulo DK – Beat Tape Vol1
O Produtor Musical e DJ Paulo DK, que integra o aclamado duo Deekapz, apresenta seu primeiro projeto solo: “Beat Tape Vol1”. O disco propõe uma mistura envolvente de hip hop e instrumental, e repleto de colagens e samples, apresenta camadas e acumula texturas que transportam o ouvinte para cenários e sentimentos distintos.
Produzido ao longo dos últimos quatro anos, “Beat Tape Vol1” reflete experiências, viagens e encontros do artista, bem como de momentos de ócio e solitude. As 15 faixas, que contam com participações de Pedro Malcher, Marcelo Delamare, Idontcare, e mix e master de Adieu, estão disponíveis em todas as plataformas digitais.
Deborah Crespo – Caso Sério
A cantora paulista Deborah Crespo comemora seus dez anos de carreira com o lançamento “Caso Sério”, seu disco de estréia, em parceria com a Apenas Produções.
O álbum conta com 9 faixas e explora as diversas fases de um relacionamento amoroso, do flerte às desilusões, por meio de uma sonoridade que inclui R&B, rap, funk e outros gêneros que permeiam a cena musical das quebradas paulistanas.
Alexis Agosto – A Fabulosa Viagem de Futurística
Disco de estreia de Alexys Agosto reflete sobre gênero não binário e as fronteiras entre masculino e feminino. Idealizado por Alexys, o lançamento de “A Fabulosa Viagem de Futurística” será dividido em três atos, sendo que os dois primeiros já estão disponíveis, com o lançamento de dois EPs com 4 faixas cada um. O lançamento do álbum completo nas principais plataformas digitais acontece ainda no primeiro semestre de 2024.
Com influência de artistas LGBT+ como Banda Uó, Pabllo Cortar, Glória Groove e Linn da Quebrada, o disco também tem inspiração em Os Mutantes, Rita Lee, Cazuza, Yungblud e Maneskin, e na música brasileira dos anos 1960/70, como o álbum Gal (1969) de Gal Costa e Secos e Molhados. Do pop internacional a inspiração vem de Lady Gaga, Miley Cyrus e o mais recente álbum de Demi Lovato (Holy Fvck).
Com 26 anos, a cantora, compositora, produtora musical e dramaturga, Alexys Agosto nasceu em Itaí, interior de São Paulo. Formada Bacharel no curso de Artes Cênicas da USP, ela se interessou em estudar teoria queer e junto com um grupo de amigos, criou o Coletive Avertere (@coletive_avertere).
Leal – Sim
Leal, compositor, cantor, educador, ativista cultural e socioambiental, iniciou sua vida musical a partir da atuação na área de educação e em trabalhos nas periferias paulistanas.
Ao longo de suas vivências profissionais e pessoais, Leal foi acumulando um repertório autoral formado por canções que tratam das belezas e complexidades das relações, assim como expressam uma visão crítica e reflexiva sobre diversidade social.
A partir do exercício da composição, nasceu a vontade de dar voz às suas canções. Foi então que o artista iniciou o processo de produção do projeto “LEAL”, o EP intitulado “SIM”. O EP antecipa 4 faixas autorais e já entrega ao público participações especiais de Ney Matogrosso e Davi Kopenawa, onde Leal busca expressar, através de suas composições, histórias ao mundo em que vivemos e toda sua pluralidade.
Graciela Soares – Despejo
Despejo é o primeiro trabalho autoral lançado pela cantora e compositora paulistana Graciela Soares, que mostra os desafios de ser uma mulher preta, mãe e trabalhadora. Baseado em um trecho do livro “Quarto de Despejo” da escritora Carolina Maria de Jesus, a canção “Despejo” conta com a parceria musical de Marcos Soares e Henrique Braga.
Depois de muitos anos se apresentando em diversos trabalhos coletivos, entre eles o projeto Corredeiras com Pedro Barsa e o coletivo Čao Laru, a cantora paulistana mergulhou na própria história para entrar em estúdio e gravar sua primeira música autoral.
Pautada pelos ritmos da música brasileira, a obra traz relatos e desabafos de uma mulher preta, mãe e que vive os desafios de sobrevivência de seu dia a dia.
Alysson – Borda do Tempo
Entre reflexões, analogias e a história, o cantor e compositor mineiro Alysson expõe suas percepções sobre o ontem e o hoje com a canção “Borda do Tempo”. O segundo single apresentado de seu próximo EP – previsto para o segundo semestre – concretiza uma série de contemplações que rodearam o artista no momento suspenso que viveu durante e após a pandemia.
Como forma de se compreender e se refazer a partir daquele período, Alysson reconhece suas incertezas e inseguranças para se apresentar, agora, como resultado de todas essas vivências
