Fotos e texto: Pedro Salvador. Edição: Thiago Borges
No começo deste ano, em um dia chuvoso, avistei um cavalo solto em plena avenida, molhado e aparentemente desnutrido. Estava em uma viagem em carro de aplicativo entre o Jardim Varginha e o Cantinho do Céu, bairros do Extremo Sul de São Paulo.
O motorista, revoltado, começou a falar comigo sobre esse assunto. Do ponto de vista dele, animais de grande porte deveriam viver livres em áreas rurais, com alimentação e cuidado digno, não no meio das ruas, mal cuidados e correndo risco de serem atropelados. Na ocasião, ele contou de quando viu um cavalo atropelado não muito longe de onde estávamos.
Não é difícil encontrar cavalos, vacas e bois nas áreas periféricas quase rurais da cidade de São Paulo. Mas a presença de animais de grande porte nas vias traz várias questões. Esses animais podem causar acidentes de trânsito e representar perigo para pedestres.
Além disso, a falta de locais apropriados para abrigá-los e cuidá-los agrava a situação, especialmente quando são abandonados.
Às vezes, mesmo estando em área com mata, como na beira da represa, animais ainda correm risco de saúde ao se alimentar em meio ao lixo e em ambientes poluídos.
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O que fazer?
Para resolver esse problema, é importante implementar medidas de controle e proteção dos animais, além de campanhas sobre a posse responsável. Quem vir casos de abandono ou maus-tratos de animais grandes pode ajudar ligando para a Central 156 da Prefeitura de São Paulo. Também é possível abrir a solicitação on-line clicando aqui.
Na cidade de São Paulo, existem as leis que proíbem a circulação de animais em carroças ou montados pelas ruas e avenidas, bem como a permanência dos animais de grande e médio porte soltos ou amarrados por cordas em praças, ruas e qualquer outro local público; os porcos, por exemplo, por lei, não podem ser criados no município.
Animais domésticos de interesse econômico e recolhidos das ruas por situações específicas são encaminhados para a Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap), da Secretaria Municipal de Saúde, onde recebem cuidados e podem ser colocados para adoção responsável. Quem tem um sítio, chácara ou fazenda fora do município de São Paulo com estrutura para receber o animal escolhido pode se candidatar à adoção.