Em debates on-line, lideranças indígenas e afrobrasileiras falam de resistência e visão de mundo

Em debates on-line, lideranças indígenas e afrobrasileiras falam de resistência e visão de mundo

De 15 a 17 de fevereiro, encontros realizados pelo coletivo Legítima Defesa reúnem Cacique Babau, Nego Bispo, Renata Tupinambá, Edivan Fulni-ô, Geni Nuñez e Naine Terena

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Foto em destaque: Cacique Babau Tupinambá no Congresso Nacional (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O termo “amefricanidade”, cunhado por Lélia Gonzalez (intelectual negra brasileira), refere-se às sabedorias e às experiências negras e ameríndias no continente americano e cria possibilidades para o encontro e reflexão sobre essas diferentes experiências: um espaço para outros olhares possíveis sobre a sociedade brasileira. Este é o ponto de partida do projeto “AMÉFRICA: Em Três Atos: , do coletivo Legítima Defesa, que reúne artistas, DJ e músicos, de ação poética e política.

A primeira etapa do projeto são rodas de conversa virtuais que acontecem entre terça e quinta-feira (dias 15, 16 e 17 de fevereiro), às 20h, com transmissão pelo canal do grupo no youtube. Clique aqui. O coletivo conversa com lideranças de origem indígena e afrobrasileira para ampliar o debate sobre resistência e visão de mundo, com questões relacionadas às sabedorias e às experiências ameríndias e quilombolas no continente americano.

Com a curadoria de Majoí Gongora e Eugênio Lima, o primeiro encontro contará com a presença de Cacique Babau (liderança dos Tupinambá de Olivença) e Nêgo Bispo (morador do Quilombo do Saco-Curtume, no Piauí, uma das principais vozes do pensamento quilombola no Brasil); o segundo será com Renata Tupinambá (artista, jornalista e fundadora da Rádio Yandê) e Edivan Fulni-ô (indígena preto, como se autodenomina, nordestino do povo Fulni-ô e Pataxó Hã Hã Hãe, músico, cantor, compositor e produtor), e o terceiro contará com a presença de Geni Nuñez (ativista indígena guarani, mestra em Psicologia Social e doutoranda em Ciências Humanas) e Naine Terena (ativista, educadora, artista e pesquisadora). A moderação de Majoí Gongora e Eugênio Lima

A ideia é conversar com vozes que inspirem a dramaturgia cênica, trazendo à tona trajetórias negras e indígenas para criar alianças a partir de seus próprios legados. Assim, as rodas vão mostrar outros imaginários sobre as experiências negras e ameríndias e seus desdobramentos sociais e históricos no Brasil, em narrativas soterradas pela herança colonial.

Imersão e espetáculo

Em continuidade, o projeto vai realizar a imersão oético-política Amefricanidades. Também realizada on-line, a atividade égratuita e aberta ao público em geral e terá a duração total de 4 dias (3 horas por dia). Será um espaço transversal de criação e reflexão de outros olhares possíveis sobre a sociedade brasileira a partir das conexões existentes entre os povos originários do continente americano e os povos da diáspora negra.

A partir de materiais disparadores, o coletivo criará em conjunto com participantes uma ação artística online. Pessoas interessadas devem se inscrever por meio do formulário. Acesse aqui.

E por fim, o grupo desenvolve um espetáculo que se fundamenta em uma narrativa épica criada a partir de histórias diversas sobre pessoas negras e ameríndias presentes nos levantes históricos e nas mitologias afrodescendentes e indígenas, incluindo as diferentes práticas rituais e literaturas orais existentes no país.

A partir da noção de Amefricanidade, cunhada por Lélia Gonzalez, serão feitos contrapontos aos personagens da história oficial colonial no continente sul-americano.

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