A periferia continua em movimento

Cobertura do sexto debate realizado pelo Periferia em Movimento, cujo tema foi "O Grajaú que queremos"

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Tempo de leitura: 4 minutos

Este é um post de balanço. Balanço do que conquistamos ao longo de 2010, e que se consolidou no último dia 13 de novembro. Foi neste sábado de frio nada animador que realizamos, no CEU Navegantes (Grajaú), nosso último debate do ano apoiado pelo VAI (Programa de Valorização de Iniciativas Culturais de São Paulo). Apesar da baixa temperatura, mais de 60 pessoas compareceram ao local para participar do evento.

Na sequência, assistimos Rosária falar sobre o Projeto Anchieta, uma ONG que atende a 700 crianças e jovens do Grajaú em diversas atividades. Eles trabalham desde educação ambiental e atividades artísticas. Vale a pena conhecer. Para participar é simples: basta comparecer ao local, na região do BNH, e se inscrever. Quando surgir uma vaga, eles chamam…Exibimos nosso documentário “Grajaú na Construção da Paz” (em breve na internet), ouvimos sugestões do plateia e resumimos o que falamos nos cinco debates anteriores. Aí sim, imergimos no tema do sexto e último encontro: “O Grajaú que queremos” – uma discussão sobre o futuro de nossa comunidade.

Depois vimos um grupo de meninas comandadas pela prof. Marli em uma coreografia de black. Elas aprenderam no Centro Conv. Irmã Doroteia, no Cocaia, que é comandado por um grupo de irmãs. O Centro surgiu na mesma época que o Evento pela Paz, em 2000, por iniciativa de mães do bairro que procuravam um lugar para onde as crianças poderiam ficar após a escola e, assim, livres da violência. A irmã Paola, que administra a entidade, destacou que mais de 120 crianças circulam diariamente pelo Centro de Convivência Santa Doroteia.

E, por último, Edson falou da ONG Auriverde, criada em 1992 por sua mãe no bairro rural Chac. Santo Amaro – que também faz parte do Grajaú. É uma outra realidade do distrito, incrustrada numa área de proteção ambiental. Na Auriverde, crianças e adolescentes aprendem a dançar, tocar instrumentos, teatro, esportes, noções de cidadania e meio ambiente, além de lazer e cultura, é claro. Na sequência, o grupo de dança Nossa Crew (formada por adolescentes da ONG) também apresentou uma coreografia de break.

O bacana é mostrar tudo que acontece na região, e também fora, em outros bairros, para que as pessoas conheçam e saibam que é possível mudar. Ouvimos ideias do que é possível fazer no dia a dia pra melhorar, como a simples conservação de parques e praças do lado de casa. Ou um simples bom dia ao vizinho, que também é importante.

O futuro depende de nossas ações. E, como vimos ao longo deste ano, não precisam ser grandes ações. São pequenos atos que tomamos no dia a dia. É a professora do Jd. Gaivotas que usa giz colorido para que o fã de Restart se sinta confortável, em vez de sofrer bullying; é o participante de um movimento social que dedica uma hora por semana para o voluntariado; é o e-mail enviado para a SP Trans para reclamar das más condições de transporte. E muito mais…

O ano está chegando ao fim, mas a periferia continua em movimento. Não vamos parar. Agora, já pensamos em 2011 e, em breve, traremos novidades. Tudo isso, você acompanha aqui pelo blog, no YouTube, no Twitter e pelo Flickr. Vamos mandar boletins com o que acontece na periferia. Você pode enviar sugestões e também incluir seu endereço no mailing enviando um e-mail para [email protected].

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