Há 25 anos, os artistas de Ermelino Matarazzo (zona Leste de São Paulo) reivindicam uma casa de cultura na região, mas sem sucesso.
Os fazedores de cultura até identificaram um espaço adequado para a constituição da casa de cultura local: o prédio que abrigava a subprefeitura local que, há 10 anos, foi abandonado quando a administração regional alugou um novo imóvel para sua sede.
Entre agosto e setembro deste ano, a subprefeitura permitiu a realização de atividades promovidas por grupos como Slam da Guilhermina, doBalaio, Muros que Gritam, Coletivo Paulisseia, Periferia Invisível, Mobilise, Cultura ZL, entre outros, a subprefeitura tomou o espaço de volta.
“Utilizamos o espaço em agosto e setembro. Mas em outubro, a Sub não quis mais abrir o espaço”, conta Rodrigo Motta, integrante do Movimento Cultural Ermelino Matarazzo.
Em reunião com Fernando Haddad, que na última terça (07 de outubro) se reuniu com fazedores de cultura da zona Leste, o prefeito ouviu uma série de demandas dos artistas da região – entre elas, a proposta do Fórum de Cultura da Zona Leste, que reivindica uma lei de fomento à periferia.
Na ocasião, houve uma promessa de que a Ocupação Cultural de Ermelino Matarazzo seria reaberta em sete dias. “O prefeito e seu secretário de governo reafirmaram apoio à Ocupação Cultural, afirmando que os locais públicos que já são usados devem ser estruturados e aproveitados da melhor forma, respeitando as ações já empreendidas, assim como também buscar poupar os cofres públicos de projetos de grandes custos no momento”, explica Rodrigo.
O prazo para reabertura termina hoje. “Mas a Subprefeitura vem atuando contra, buscando laudos e desculpas para não abrir mais o espaço”, completa Rodrigo, que aguarda um retorno sobre a situação.
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