Por Vitori Jumapili. Revisão: Thiago Borges
Anualmente, no mês de junho, a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos realiza a Festa do Rosário, uma festividade tradicional ao redor do País.
Por meio da fé e da resistência, a celebração mantém vivas as práticas culturais e religiosas incorporadas ao catolicismo por pessoas negras africanas ou brasileiras no período escravista com fundamentos socioculturais que tinham o mesmo propósito: não permitir que a distância temporal e espacial apagasse suas identidades.
Patrimônio da cultura popular e afro-brasileira, a igreja foi construída pela antiga Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, formada por descendentes de pessoas africanas que eram mantidas em regime de escravidão no século 18, e reconhecida como templo católico em 1802.
Confira a cobertura em fotos dos ritos tradicionais da celebração neste ano e entenda através das legendas qual a relevância e impacto que esse movimento partilha.
Celebração Inculturada e Missa Campal
Cultos católicos com costumes africanos e afro-brasileiros que acontecem durante a festa
Levante do Mastro
A tradição retomada pela comunidade marca o inicio da festa
Coroação do Rei e da Rainha da Festa
Considerado o ápice da festividade, outra tradição reinserida na festividade que consiste em receber o Rei e a Rainha de Festa, eleites de forma coletiva para proteger as coroas e o estandarte da comunidade no ano em que a festa acontece
A festa e o território
Um pouco de como as pessoas e grupos se relacionam com o Largo do Rosário durante a celebração
A permanência e resistência de ações como as que a Comunidade do Rosário produz fortalecem a memória e a pluralidade cultural que a população negra diaspórica construiu ao longo dos séculos no nosso País.
A festa continua até o dia 7 de julho de 2024 e ocupa vários lugares do distrito da Penha com diferentes atividades culturais e religiosas. Confira a programação no site oficial da comunidade.
Salve as forças dos que vieram antes, dos que persistem hoje e dos que virão amanhã, porque “em irmandade, somos sonhos ancestrais”.