Slam do 13 promove batalhas de poesia em escolas públicas

Slam do 13 promove batalhas de poesia em escolas públicas

A expectativa do coletivo é visitar de 15 a 20 escolas esse ano, impactando em torno de 4 mil estudantes ainda este ano

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Coletivo de literatura periférica com mais de 10 anos de atividade, o Slam do 13 ocupa espaços públicos, praças, pontos de cultura, realizando batalhas de poesia falada. E também vem atravessando os muros das escolas públicas de São Paulo, conectando a comunidade escolar com a poesia contemporânea.

Formado por poetas e agentes culturais Caio Feitoza, Maite Costa, Jéssica Campos, Santos Drummond e Thiago Peixoto, o coletivo iniciou as batalhas de poesia em escolas em 2013. De lá pra cá, já circulou por dezenas de instituições de ensino da rede pública e privada.

Neste ano, com apoio do Fomento à Cultura da Periferia da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o coletivo já visitou 3 escolas e deve passar por mais 3 ainda no primeiro semestre. A expectativa é visitar de 15 a 20 escolas esse ano, impactando em torno de 4 mil estudantes ao longo da temporada.

“É uma atividade que dá muito certo e vai ao encontro do trabalho desenvolvido pelos professores, muitos utilizam as poesias do slam como ferramenta para dialogar com os alunos diversas temáticas trabalhadas em sala de aula”, explica o poeta e cofundador do Slam do 13, Thiago Peixoto.

Ágoras escolares

Para realização dessas atividades, quadras esportivas ou o pátio se transformam em ágoras para comunhão da palavra poética. Estudantes que se mantinham anônimos se encorajaram a recitar seus poemas. É o caso de Ruan Vanildo Almeida de Araújo Silva, de 16 anos.

“Foi uma sensação incrível, que eu nunca senti antes”, destaca o jovem, após recitar para mais de 200 colegas de escola. “A poesia tá num alto patamar da minha vida, quando eu estou mal, eu acabo me encontrando na poesia, foi o que me libertou, é a minha forma de botar pra fora o que eu estou sentindo”, acrescenta.

Embora seja essencial compreender os movimentos literários clássicos, como o Romantismo, Modernismo, Realismo, entre outros conteúdos convencionais na grade curricular do ensino médio no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) já tem trazido nomes como o da Roberta Estrela Dalva, precursora do Slam do Brasil; além da escritora Conceição Evaristo, Racionais MCs em suas provas, reconhecendo a importância da literatura marginal.

Docentes da rede pública de ensino veem no slam um aliado na educação. Para Jenifer Silva, que já recebeu duas vezes o Slam do 13 na EE Reverendo Jacques Orlando Caminha Dávila, onde é coordenadora, o projeto é uma oportunidade de apropriação e identificação com a poesia.

“O slam é potente, nossos alunos amam e a escola fica maravilhada com o poder que tem o slam na educação, na vida dos estudantes”, afirma.

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