Foto em destaque: Carnaval do grupo É Di Santo, que se apresenta na Noite dos Tambores (por Pedro Salvador)
Noite dos Tambores
Com nove grupos convidados, a Noite dos Tambores volta a realizar show e atividades formativas na zona Sul de São Paulo, entre a noite e a madrugada de sábado para domingo (dias 1 e 2/12). O festival percursivo organizado pelo coletivo de artistas Umoja já reuniu mais de 35 mil pessoas em 10 anos de atividades.
A festa acontece na Casa Popular de Cultura do M’Boi Mirim, localizada na avenida Inácio Dias da Silva, sem número, no Piraporinha (zona Sul). A novidade para este ano é que a Noite dos Tambores será transmitida no canal de youtube (clique aqui para acessar).
O evento começa às 20h de sábado, com as artistas Priscila Obaci e Aline Anaya comandando a festa como mestras de cerimônias. Neste ano, o evento convida os grupos Alabê Ôni, BaBaDan Banda de Rua, Baque Atitude, Batucada Tamarindo, Coco de Roda Novo Quilombo, É di Santo e Umoja. A abertura fica por conta da mestre Gabi Guedes, com o show Xirê de Ogã. Em seguida os grupos convidados sobem ao palco da Noite dos Tambores, fazendo a zona sul vibrar.
“Neste ano, ficamos pensando em nossa memória e nos nossos ancestrais que fizeram sua passagem ao longo dessa última década, em especial neste período da pandemia. Temos nos perguntado como preservar a memória do nosso festival e este ano vamos homenagear nossa ancestralidade presente”, diz Euller Alves, do grupo Umoja.
Para celebrar a ancestralidade que vive entre nós, também acontece a Embaixada dos Mestres. Euller explica que “as embaixadas são tradicionais em nossa cultura, onde os mais velhos, os mais importantes, vão a frente anunciando a chegada do folguedo, essa nossa embaixada fará um show especial para homenagear nossa ancestralidade e nossa memória, além disso cada grupo/coletivo convidado trará um mestre/mestra que fazem parte daquela manifestação de tambor”.
Nesta edição de retomada, a Embaixada dos Mestres é composta por Carlos Caçapava, Rabi, Salloma Salomão, Sapopemba, Spirito Santo e Vitor da Trindade, que são músicos e pesquisadores das tradições de batuques e musicalidades negras afrodiaspóricas.
Nutrindo Quintais Ancestrais
No Grajaú (Extremo Sul de São Paulo), o grupo de teatro Identidade Oculta realiza mais uma edição do projeto Nutrindo Quintais Ancestrais. O evento acontece no sábado (2/12), a partir das 16h, no Parque Linear do Lago Azul, às margens da represa Billings (rua Andorinhas Brasileiras).
Entre as atividades, estão a roda de capoeira com o grupo Semente do Jogo de Angola, a partir das 16h30; e às 18h, o show de Luana Bayô, cantora, compositora, articuladora cultural e educadora. Nascida e criada no Campo Limpo, a artista tem um trabalho fortemente marcado pela presença da música negra em diáspora. Também há discotecagem com DJ Hudson Cruz e atividades para crianças.
10 anos da Editora Me Parió Revolução
Nesta sexta-feira (1/12), das 19h às 22h e com entrada gratuita, o Selo Editorial e Coletiva Me Parió Revolução (@me.pario) promove uma grande festa celebrando 10 anos dedicados a democratizar o acesso aos livros e à leitura, além de promover a publicação de mulheres escritoras. A editora independente é gerida exclusivamente por mulheres, mães, pretas e pardas, moradoras do Fundão do Ipiranga e conta com mais de 20 títulos publicados.
O evento acontece no Galpão do Movimento de Moradia da Região Sudeste (AMMRS), que fica na rua Maramores, 36 – Jardim São Savério (zona Sul de São Paulo).
No evento, a Me Parió reúne seu time de autora para promover o lançamento do catálogo atualizado e dos livros “A colheita”, de Glau Dantas, o primeiro livro da editora com estética infantil; “Coentro em semente, folha e flor”, uma antologia comemorativa de 10 anos de existência, com escritas das atuais integrantes (Dinha, Mixa, Celinha Reis, Glau Dantas, Dri Reverso, Fefê Stephanie, Lili Black, Driely Gomes, Aline Oliveira e Jaiane Batista), que estarão presentes para autógrafos.
Haverá ainda vendas de livros a preços populares, lançamento e exibição do documentário “Dez anos de Mulher(agem)”, produzido por Lili Black, Dri Reverso e Mixa; e o poético Sarau das Parideiras, como se autodenominam as integrantes do coletivo.
Redação PEM