“Noite Vem”, de Nayra Lays
O novo som de Nayra Lays (foto em destaque nesta matéria por Pamela Anastacio / Adima Macena) leva quem ouve até um rolê na cidade de São Paulo, sob uma perspectiva jovem e feminina, envolvendo um misto de sensações pelo olhar da cantora. Além disso, a obra é uma celebração à vida, autonomia e poder de autodefinição de mulheres pretas.
Escrito na pandemia, Nayra fala que essa composição foi um jeito de lembrar a si mesma da sensação de estar viva, na rua, na pista, conhecendo e encontrando gente, em um momento em que o mundo vivia o oposto disso.
Cria do Grajaú, Extremo Sul da cidade de São Paulo, a artista está prestes a completar 7 anos de carreira. ‘Noite Vem’ é o single que marca a sua nova era artística, cheio de influência da música preta brasileira, do samba rock, funk e R&B. A música faz parte do seu novo álbum, que será lançado em setembro deste ano.
Fique ligade no próximos lançamentos da cantora em @nayralays_ @nebulosaselo
“Pra Recomeçar de novo”, de Daniel Garnet
Ainda sobre sensações, mas dessa vez sobre recomeços amorosos, Daniel Garnet lança uma música para encorajar a reconexão com o amor antigo, lembrando das vivências e sentimentos com aquele fechamento. No som, você ouve as vozes de Gg, Dona de Si, Xeina Barros, Mototreta & Eloy Porto.
Daniel Garnet é de Piracicaba (SP), conhecido por suas habilidades nas batalhas de MCs e suas dicas para rappers iniciantes. Acompanhe as redes sociais de @daniel_garnet @ggdeoclin @a_marbraba @xeinabarros @otaldoandersonleite @eloyportoneto
“O Príncipe”, de Marabu
A obra nasce do desejo de resgatar os princípios de Tupac e conectá-los ao funk enquanto movimento cultural e político. O MC buscou decifrar como nasce um jovem líder negro, seja nas ruas do Harlem ou de São Paulo.
Com os fundamentos do rap à batida do funk rasteiro, Marabu apresenta um universo narrativo que convoca as juventudes pretas para a linha de frente na construção de um movimento de consciência e respeito pelo funk e por suas comunidades.
O artista é cria do Jardim Ângela, zona Sul de São Paulo. Se liga nos passos de @marabu_____ e @nebulosaselo
“Versão Brasileira VOL.1”, de Coruja BC1
O artista compartilha que o EP foi criado para ser um resgate da essência do rap, que ao fechar os olhos a pessoa se sinta pelas periferias da cidade de São Paulo. A inspiração veio de um documentário chamado “Sujo”, da Funk Fockers Crew, de Ribeirão Preto.
O EP conta com 8 músicas com participações de Rincon Sapiência, MC Luanna, Febem, Akira Presidente, Sena MC e Neguinho do Kaxeta. As canções têm as características dos raps proibidos de São Paulo e da Baixada Santista, misturando o drill, o funk e ao mesmo tempo elementos de outros ritmos como reggae, e samples transformados em batidas.
Coruja BC1 é cria de Osasco – SP. Gostou das letras? Acompanhe os artistas: @corujabc1 @rinconsapiencia @mcluanna_ @febem @akirapresidente @senanacena @neguinhodokaxetaoficial
“Take the Vision”, de Heder Novaes
A pandemia também foi motivo para a escrita do artista Heder Novaes. O EP de 6 faixas foi criado a partir das experiências como pessoa preta, além de ser um convite para questionar a forma como a tecnologia se relaciona com o mundo e como as pessoas assimilam esse processo.
A realização do EP acontece por meio do grupo oCartel formado por artistas negros das periferias de Salvador, promovido pelo Instituto Elos. Heder Novaes é de Salvador (BA). Siga o artista: @hedernovaes
“As Incríveis Histórias De: Underground Superhero vs. O Terrível Ladrão de Loops”, de Akira Presidente
O álbum conta com 10 faixas, criado com intuito de passar uma imagem de força e inspiração para os ouvintes. Nas letras, um rap contundente e adulto, com ideias positivistas e auto afirmativas, partindo de todos os rappers que gravaram pro álbum e criando um grande discurso em comum no disco.
Nas músicas é visto muitas interações e colagens de diálogos diversos de filmes, animes e séries, construindo cenários que contam histórias e exaltam personagens comuns. Se liga no @akirapresidente
“Vá Incendiar”, de BAHBEL
A música fala sobre o enfrentamento de medos e a necessidade de seguir adiante, exala desprendimento, em meio aos batuques nordestinos, com uma cerimônia de casamento consigo mesma.
A canção foi composta na Bahia com pé na areia, em um momento pessoal de autoconhecimento, renovação e busca por saúde mental. A artista compartilha que essa música vem ‘como um despertar, quando achar que o peso está grande demais, dê um mergulho e vá, faça seu destino, escreva seu nome’. Acompanhe os próximos passos de @bahbelx
“Preta”, de Siamese
“Preta, nunca mais abaixe tua cabeça”. Dessa forma inicia o refrão da música de Siamese, com sonoridade pop com influências do trap e reggae, a música traz empoderamento, exaltação da beleza e cultura preta.
O projeto da música foi realizado com recursos do programa de apoio e incentivo à cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. Fique pertinho da artista em @siamese.lg
“Distância”, de Ravih
Para fechar nossa playlist, o EP do Ravih lançado em 2020 ganha um clipe para a música “Distância” gravado no exterior, o vídeo conta com cenas na Inglaterra, França e Escócia, incluindo vídeos de apresentações, nas quais chegou a dividir palco com nomes consagrados da música britânica, como o saxofonista Gordon Ambrose e o baixista Shaun Ward (Simply Red).
Ravih é cria de Parelheiros (Extremo Sul de São Paulo) e a música ‘Distância’ é uma homenagem ao seu avô José Jorge, que faleceu em 2016.
“Essa tem sido uma música sobre o meu luto por ele, mas quis ressignificá-la como uma celebração ao seu legado, porque sei que ele investiu tudo o que tinha para que nossa família fosse capaz de realizar sonhos, exatamente como eu estou fazendo agora”, explica o cantor. Fique de olho nos trampos em @ravihoficial. Ouça o EP completo aqui.
