Livros recém-lançados abordam dores e desejos de mulheres periféricas, quilombolas e do candomblé

Livros recém-lançados abordam dores e desejos de mulheres periféricas, quilombolas e do candomblé

"Gurufim", "Mulheres Quilombolas" e "Paridas pela Liberdade" apresentam perspectivas em poemas e relatos femininos. Saiba como acessar!

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“Gurufim”

O movimento metamorfoseador que atravessa os nascimentos e as mortes do corpo feminino é o fio espiralar por qual ondula “Gurufim”. O novo livro da poeta e professora Arlete Mendes (foto ao lado) ecoa incertezas que movimentam a condição da mulher periférica, como sentir amor e prazer em um corpo sentenciado à morte antes mesmo de nascer. A autora mergulha na ancestralidade para atribuir um lugar de sonho, desejo e encontro contínuo entre passado, presente e futuro.

O título “Gurufim” significa um velório popular em que há música, dança e canto em homenagem ao morto. E a catarse de Arlete é tecida por um colorido onírico vibrante, sem deixar de lado, entretanto, o diálogo com a concretude da existência.

Publicado pela editora feminista Vicença Editorial, o projeto contou somente com a participação de mulheres em todo o processo criativo. A proposta é ganhadora do prêmio do Programa de Fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo (ProAC) e está acessível gratuitamente em PDF clicando aqui. Saiba como comprar o livro físico nas redes da autora.

Além do livro, o projeto que conta com 2 asas sonoras, sendo a primeiro uma versão em áudio do livro que conta com a declamação dos poemas na voz da autora e com sonorização da musicista Luiza Carvalho. A outra é o podcast “Nosso Gurufim”, em 8 episódios. Ouça abaixo:

 

“Parida pela Liberdade”

A psicóloga e escritora baiana Ana Cecília Ferreira traz à tona histórias marcadas por dores e desencontros, mas também os amores, a superação e as memórias da beleza de ser filha de uma yalorixá que acolhia e transformava em filhes quem entrava em sua casa.

O livro conta com poemas curtos e textos breves em prosa poética, costurados pelas visões sobre a vida propostas pela autora, que cresceu numa casa humilde de Salvador e enfrentou o racismo religioso desde a infância, na escola particular em que conseguiu estudar, onde foi chamada de “filha de feiticeira”.

A compra pode ser realizada pelo site da editora Pinaúna (clique aqui) ou pelo whatsapp 71 99913-6396.

 

“Mulheres Quilombolas”

Vozes historicamente silenciadas estão reunidas no livro “Mulheres Quilombolas: territórios de existências negras femininas”, um espaço para compartilhar saberes a partir de suas perspectivas, como faziam ancestrais reunidos em torno do fogo.

A obra é organizada por Selma dos Santos Dealdina, publicada pela editora Jandaíra como parte do selo Sueli Carneiro e traz para a roda uma diversidade de pautas produzida por essas mulheres quilombolas, em geral invisibilizadas na sociedade.

Assumindo o lugar de guardiãs dos saberes ancestrais, de lideranças políticas, de mulheres racializadas na sociedade, elas expõem em suas reflexões os muitos atravessamentos que a discussão em torno do que é ser mulher quilombola abarca. As autoras denunciam os muitos percalços enfrentados pela população quilombola que existe (e resiste) em torno de 4 mil comunidades do Brasil.

O livro físico pode ser comprado por R$ 60 aqui. Também há a versão eletrônica da obra.

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