Foto em destaque: Slam da Guilhermina / Sérgio Silva
FLINO
Na região Noroeste de São Paulo, acontece desde segunda (7/11) até o próximo domingo (13/11) a FLINO (Festa Literária Noroeste). Nesta terceira edição, o evento busca reconhecer e potencializar o trabalho das mulheres periféricas na literatura com o tema “Mulheres: palavras periferias”. A homenageada da edição é a escritora Esmeralda Ribeiro, editora dos Cadernos Negros, cofundadora do coletivo de mulheres Flores de Baobá e uma das coordenadoras do Quilombhoje Literatura.
“Vamos refletir sobre as mulheres que constroem as periferias e como seu lugar de protagonismo é potencializado nesse território, repercutindo por meio da palavra, de oralituras e escrevivências, principalmente de mulheres negras, indígenas e periféricas”, pontuam as organizadoras e organizadores da FLINO.
Nesta terça-feira (08/11), a partir das 19h30, no IFSP Pirituba, acontece a roda de conversa “Palavras Construídas”, com participação das escritoras Jô Freitas e Raquel Almeida, mulheres que já atuam na Literatura, com saraus, slams e diversas atividades, ajudando a viabilizar o trabalho de outras mulheres pelas periferias.
Na quarta-feira (9/11), a partir das 20h, no CIEJA Perus, é a vez de Flor Descendente e Ave Terrena abrirem a roda de conversa “Letras Futuras” para mostrar como mulheres escritoras, slammers e de várias vertentes literárias estão construindo a Literatura que leremos no futuro.
E na sexta-feira (11/11), a partir das 19h30, as participantes Maria – MST, Lucila, Toninha e Jera Poti estarão na Comunidade Cultural Quilombaque para abrir a roda de conversa “Mulher de Palavra”. Na oportunidade, elas mostrarão que, além das mulheres de periferia que atuam na Literatura como escritoras, poetas etc. usando da palavra para ocuparem seus espaços, as palavras das mulheres periféricas, de maneira geral, têm um grande poder, pois tudo que elas conquistaram e conquistam foi graças à palavra.
O sábado (12/11) tem oficina de poesia na lata na Biblioteca Brito Broca, Sarau na Brasa e Luiza Akimoto no Samba do Congo, onde ocorre feira de livros. E no domingo (13/11), na Ocupação Artística Canhobas, tem lançamento de livros, espetáculos de dança e teatro e shows de Indaíz e Ladies Sing The Blues. Acesse a programação completa e formulário de inscrição das oficinas.
FliCanga
Entre terça e quinta-feira (8 a 10/11), ocorre a primeira FliCanga – Festa Literária de Cangaíba, na zona Leste de São Paulo. Com o tema “Vozes Ancestrais”, o evento dialoga com o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e celebra os 30 anos de inauguração do Teatro Flávio Império, que fica na rua Prof. Alves Pedroso, 600.
Todas as atividades da FliCanga são gratuitas. Mesas de debate, saraus, apresentações de teatro e dança, slams, shows e feira de livros (durante todos os dias) fazem parte da programação em diferentes horários nos 3 dias. Confira a programação completa aqui.
Com curadoria do educador e escritor Rodrigo Ciríaco, a FliCanga reúne mais de 80 artistas em sua programação, incluindo nomes consagrados no ramo da literatura (ancestral, periférica, ativista, inclusiva, diversa e brasileira).
Participam do evento Kiusam de Oliveira, Oswaldo de Camargo, Jerá Guarani, Esmeralda Ribeiro, Trudruá Dorrico, Ferréz, Cristino Wapichana, Roberta Estrela D’Alva, Kimani, Cuti, Mel Duarte, Marcelino Freire, Bel Santos Mayer, Auritha Tabajara, Luz Ribeiro, entre outros, além de coletivos como Sarau do Binho, Sarau das Pretas, Slam da Guilhermina, Batakerê, SarauZim, Sarau da Brasa, Cia dos Inventivos, Sarau da Praga, Resistência Periférica e Semente Crioula, entre outras atrações.
Segundo o curador, Rodrigo Ciríaco, “foram realizadas parcerias com 36 escolas, de 10 diferentes Diretorias Regionais de Educação da Cidade. É esperado um público aproximado de 600 pessoas por dia, em sua maioria de estudantes das redes públicas de ensino Fundamental, Médio e EJA”.
Nesta terça (8/11), às 14h, acontece o espetáculo “Um Canto para Carolina”. Nele, a Cia dos Inventivos se inspira no livro Quarto de despejo de Carolina Maria de Jesus. Às 16h, ocorre o diálogo Infância e Ancestralidade com Kiusam de Oliveira e Cristino Wapichana (na foto acima, de Gustavo Amorim), importantes nomes da literatura infantil brasileira.
Às 18h, a apresentação Semente Crioula traz para roda cocos autorais alinhavados pelo repertório de mestras que são suas referências e intercalados por intervenções poéticas durante toda apresentação. Na sequência, a mesa de abertura Vozes Ancestrais recebe Esmeralda Ribeiro e Jerá Guarani, com mediação de Roberta Estrela D’Alva e intervenções de Kimani.
Redação PEM