“É pela cor, pela dor e pelo amor”.
Tendo esse como um de seus lemas e fazendo as noites mais loucas de São Paulo, a Cooperifa celebra 21 anos de existência. Esse movimento cultural que transformou um bar em centro cultural tornou-se referência na disseminação das poesias que nascem por artistas da quebrada. E a celebração ocorre com a 13ª Mostra Cultural, entre os dias 5 e 13 de novembro.
Depois de 3 anos de distanciamento por conta da pandemia, um dos eventos mais esperados da zona Sul de São Paulo volta a acontecer com mais de 35 atividades no Sesc Campo Limpo, Fábrica de Cultura do Jardim São Luís, EMEI Clarice Lispector, CEU Campo Limpo, entre outros lugares.
Entre os debates e apresentações, temas sobre literatura, educação, afrofuturismo, audiovisual e jornalismo periférico fazem parte da agenda. As atrações preveem bate papo com cineastas, contação de histórias, oficinas de MCs, espetáculos de dança e de teatro, encontro RAP, saraus da Cooperifa e shows no último dia para o encerramento.
Confira os destaques da programação:
Sábado – 5/11
– 14h30 – Palestra “Educação e Literatura: desenhando novos mundos e horizontes”, com Rosane Borges (Jornalista, escritora doutora em ciências da comunicação, professora convidada do Diversitas e coordenadora da Escola Online Longa)
– 16h – Palestra ”Gramáticas da diáspora: política, cultura e antirracismo no Brasil”, com Silvio Almeida (advogado, filósofo e professor universitário. Também reconhecido como um dos grandes especialistas do Brasil acerca da questão racial. É autor do livro “Racismo Estrutural” e preside o Instituto Luiz Gama)
– 17h30 – Show Ana Cañas Canta Belchior
No Sesc Campo Limpo – Rua Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel
Domingo 6/11
Festival Várzea Poética no campo do CDHU – rua José Manoel Camisa Nova, 110 – Jardim São Luís
8h – PSA x Letícia
09h30 – Só quem é x Ponte Preta
11h – R2 x Democrata
12h30 – CDHU X R12
14h – Morro x Aliados
Na parte da tarde, as atividades são na Fábrica de Cultura do São Luís – rua Antônio Ramos Rosa, 651
– 15h – Abertura da Exposição “Ori”, de Jair Guilherme – Obras de arte criadas a partir de pesquisas realizadas na intenção de representar a individualidade de cada orixá.
– 16h – Debate “Recriar o passado, transformar o presente e projetar um novo futuro: pensamentos, práticas e perspectivas sobre a identidade e tecnologia preta”, com Fábio Amarante – publicitário, cofundador e estrategista da agência Muvilab; Tamires da Silva – estudante de modelagem e apaixonada pelas expressões de arte e ocupação urbana; e Maria Rita – full stack developer, mãe, editora, curadora de conteúdo e consultora de negócios tecnológicos e inovação
– 18h – Debate “Poesia: de onde ela vem e para onde ela vai?”, com Akins Kintê – escritor e cineasta; Raquel Almeida – poeta, escritora, arte-educadora e produtora cultural, cofundadora do Coletivo literário Elo da Corrente; e mediação de Marcelino Freire – professor de oficinas de criação literária, produtor cultural e escritor
– 20h – Espetáculo “Dáguas“ – Com Izzy Gordon, Renato Gama, Tita Reis, Alldry Eloise e Ronaldo Gama
Segunda – 7/11
– 14h – Debate “Identidades no Audiovisual Infanto-Juvenil da Periferia”, com Juliana Jesus – atua há 12 anos como iluminadora dos programas da TV Cultura, poeta, criadora do Sarau Pretas Peri, fotógrafa cinematográfica e cineasta; Bárbara Magalhanis – cientista social, mestranda, atualmente, desenvolve o desenho animado “Anaya”; e mediação do cineasta Renato Candido.
– 15h30 – Espetáculo “Awá – Tecendo Fios de Ouro” com Cia Quatro Ventos“ – O espetáculo conta a história de Orisun e sua linhagem de mulheres negras da periferia, que com muita luta conseguiram manter o negócio familiar.
– 16h – Debate “Prove: 25 anos de formação, conquistas e desafios”, com Luciana Dias – professora, filha do Santo Dias e uma das organizadoras do Prove; Socorro Lacerda – professora, graduada em história, escreveu vários livros; e mediação de Elza Ferrari – doutora em Educação pela FEUSP, Coordenadora Pedagógica da EMEF Anna Silveira Pedreira e Professora de Língua Portuguesa na Rede Estadual.
NO CEU CAMPO LIMPO- Avenida Carlos Lacerda, 678 – Vila Pirajussara
– 20h – Cinema na Laje: exibição do Filme “O Olhar de Edite“, uma mestra da literatura periférica e cultura popular. Após, tem bate-papo com o cineasta Daniel Fagundes. No Bar do Zé Batidão – rua Bartolomeu Santos, 797 – Chácara Santana.
Terça – 8/11
– 19h – Sarau da Cooperifa 21 anos – No Bar do Zé Batidão, que fica na rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana
Quarta – 9/11
19h – Encontro Rap na Fábrica de Cultura do Jardim São Luís – Rua Antônio Ramos Rosa, 651
DJ Negão – começou sua trajetória em meados de 1998. Produziu o disco“Quebra Cabeça” (2011). Hoje é DJ do Rapper Cocão AVOZ.
Kelly Neriah – vocalista do grupo “Versão Popular”, mãe, MC, compositora eintérprete. Desenvolve oficinas ligadas a cultura hip hop. Também faztrabalhos como repórter.
Fino du Rap – poeta, Mc, educador e integrante do coletivo Resenha Poética daVárzea, atuando na cena do rap desde 1997. Já lançou seis trabalhos independentes,no ano de 2021 lançou “NohFi Volume 1″ em parceria com o DJ JonathasNoh.
Z’África Brasil – formado em 1995, o grupo é conhecido por sua originalidade e criatividade musical. Em 2019 o grupo apresenta em edição especial, o vinil duplo do clássico “Antigamente Quilombos Hoje Periferia”. Composto porGaspar, Funk Buia, Pitcho e Dj Tano.
Quinta – 10/11
– 15h30 – Sarau Cooperifa
– 20h – Bate-Papo “Arte e Ativismo”, com Sérgio Vaz – poeta e agitador cultural, autor de oito livros e cofundador do Sarau da Cooperifa; KL Jay, DJ e fundador do grupo Racionais MCs; Manoel Soares – apresentador na TV Globo, conselheiro nacional da CUFA e jornalista premiado
No Sesc Campo Limpo – rua Nossa Sra. do Bom Conselho, 120 – Vila Prel
Sexta – 11/11
– 20h – Tony Gordon – Com mais de 32 anos de carreira, Tony Gordon lança-se em uma desbravada aventura pelo blues, soul e jazz ao reunir um repertório de músicas consagradas e rearranjá-las ao seu estilo característico. Em 2019, sagrou-se vencedor da edição brasileira do programa The Voice Brasil.
Na Fábrica de Cultura do Jardim São Luís – Rua Antônio Ramos Rosa, 651
Sábado – 12/11
– 16h – Debate “Jornalismo Periférico” – com Bianca Pedrina – jornalista e co-fundadora do “Nós, mulheres da periferia”; Stela Diogo, atua na Alma Preta Jornalismo como coordenadora de produção audiovisual; e Thais Siqueira – é jornalista, educadora, articuladora sociocultural e cofundadora do Desenrola e Não Me Enrola
– 18h – Debate “Literatura Negra Feminina: Territórios de afetos e renascimentos”, com Dinha – poeta, editora independente, pós-doutora em literatura e sociedade; Priscila Obaci – mãe, multiartista e educadora; e mediação de Elizandra Souza – escritora, poeta, jornalista, integrante do Sarau das Pretas e ativista cultural há 20 anos
– 19h30 – Espetáculo “Águas queimam na encruzilhada”, com Cia Teatro do Incêndio – Em um bairro que se despedaça e resiste ao tempo, histórias de dor e esperança de seus moradores e moradoras são apresentadas em um desfile de sonhos e perdas. Tendo como pano de fundo a paixão por uma escola de samba que faz com que as vidas se encontrem com afluentes de rios, histórias cotidianas são o ponto de partida para uma apoteose coletiva.
Na Fábrica de Cultura do Jardim São Luís – Rua Antônio Ramos Rosa, 651
Domingo – 13/11
Show de Encerramento na Casa de Cultura do M’Boi Mirim – Avenida Inácio Dias da Silva, s/nº – Piraporinha
– 16h – Grupo Flor de Lis – Composto em sua maioria por mulheres. O grupo possui em seu repertório composições musicais e coreografias, de diferentes ritmos brasileiros (ciranda, samba de roda, dança indígena, cacuriá, carimbô, xaxado, maracatu,coco, cavalo-marinho, bumba-meu-boi, quadrilha junina, pastoril, frevo,congada, entre outros).
17h – Grupo Espírito de Zumbi -Grupo formado em 1985, oferece um trabalho educativo aliado ao lazer, esporte e cultura, através da prática da capoeira e das manifestações culturais afro-brasileiras, estimulando as trocas sociais e a construção de uma cidadania mais participativa.
18h – Discopédia -É uma festa de hip hop criada e comandada por DJ Marco, DJ Dandan e DJ Nyack. Pautado em dois pilares: o incentivo e a valorização dacultura do vinil, e o resgate da essência de um dos elementos mais importantes da cultura hip hop, o DJ.
19h – Fabiana Cozza – Artista negra brasileira, cantora, intérprete, professora e pesquisadora. Sua caminhada passa pelo teatro, dança e música. Atuou em musicais com temática brasileira.
20h – Rael -É cantor e compositor, tem uma levada leve e dançante. Sua história se confunde com a da cultura hip hop e a do rap nacional
Julia Vitoria