Foto em destaque: Girança Batakerê / Divulgação
2ª Mostra ZLGBT+
Entre esta quarta-feira e o próximo domingo (14 a 18/9), o Coletivo Acuenda promove a segunda edição do evento que propõe dar maior visibilidade a artistas LGBTQIA+ das periferias de São Paulo e a conscientização sobre o respeito e valorização à diversidade. A programação conta com shows musicais, teatro, dança, exibições de filmes e debates.
Na abertura da Mostra, quem se apresenta é o Grupo Batakerê com a intervenção artística “Girança”, que expressa a beleza da música, da dança, das brincadeiras afro-brasileiras em corpos políticos periféricos.
Logo em seguida, ocorre o espetáculo “Les Girls – Uma Diva Perto De Você”, que traz à cena 3 mulheres trans que dialogam com seus dilemas internos, sobre suas histórias de vida, militância, dor, poesia, saudade e esperança. Nesta quarta-feira (14/9), a partir das 19h, no Teatro Flávio Império (Rua Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba)
Já na quinta-feira (15/9), serão exibidos dois filmes: às 19h, “Brilho E Batom – Uma Vivência Editada”, pelo canal do youtube do coletivo; e, às 20h, “Quem Tem Medo?”, no Teatro Flávio Império.
Na sexta-feira (16/9), às 20h30, acontece o espetáculo “As Vingativas”, um show feito por um elenco de 4 drag queens mulheres que resgatam figuras femininas lendárias da história drag, como Carmen Miranda, Elke Maravilha, Claudia Wonder e Maria Alcina, abordando as relações entre feminilidade, machismo e a arte transformista.
No sábado (17/9), é a vez da exibição do espetáculo “Periferida”, do Coletivo Acuenda, que aborda temáticas sensíveis ao mundo LGBTQIA+. Também no youtube do grupo.
Para encerrar a mostra, no domingo (18/9), a partir das 19h, acontece a exibição do filme “Indetectável – Deuses morrem porque se renovam”, do Coletivo Contágio. E na sequência, ocorre o Concurso Drag D’água, uma atividade voltada para a descentralização e ampliação da arte drag. As atividades vão rolar no CEU Três Pontes (Rua Capachós, S/N – Jardim Celia)
Periferida. Foto: Jonatas Marques
Primaveras Periféricas
A quarta edição do evento acontece no Sesc Itaquera e termina neste final de semana, com objetivo de discutir as inúmeras possibilidades de criação de significados e sobreposições que determinam a periferia e o sujeito periférico na sua relação com a paisagem em transformação.
A programação principal reúne 15 iniciativas em uma mostra de produtos e boas práticas socioambientais associadas aos conhecimentos culturais de comunidades tradicionais e povos originários.
Destaque para a presença de representantes do Quilombo Cafundó-Turi da região de Sorocaba, que preserva a memória de seus ancestrais, como o dialeto “Cupópia”, e movimenta o turismo rural; do Quilombo de Ivaporunduva, localizado às margens do Rio Ribeira de Iguape, no município paulista de Eldorado; as Mulheres Quilombolas da Barra do Turvo, também do estado de São Paulo; e da aldeia indígena Pataxó, de Paraty, no Rio de Janeiro, que traz os produtos confeccionados pela comunidade.
A mostra de artesanato e sabores também recebe o coletivo de mulheres negras da periferia de São Paulo, Meninas Mahin; do Ateliê Nicinho Caiçara, de São Sebastião, entre outras iniciativas.
No sábado (17/9), às 16h30, uma roda de conversa com música e reflexões sobre a formação do território nacional brasileiro vai reunir Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo, quilombola piauiense integrante da rede de mestres e docentes da Universidade de Brasília (UnB) e militante político nas lutas sociais e pelo direito a terra, e a pedagoga Jerá Guarani, agricultora e liderança Guarani Mbya da Terra Indígena Tenondé Porã e que foi professora e diretora da Escola Estadual Indígena.
No mesmo dia, às 19h, o grupo Pombas Urbanas (de Cidade Tiradentes), apresenta o espetáculo Florilégio. A peça transita por narrativas que envolvem a construção de uma comunidade, em torno dos sentidos do esperançar, inspiração vinda do educador Paulo Freire.
Já no domingo (18/9), o destaque fica por conta do Samba de Coco Raízes de Arcoverde. O grupo de Pernambuco já se apresentou em diversos palcos mundo afora. A dança é originária das culturas indígena e africana. A apresentação acontece a partir das 15h.
Completam a programação, shows, espetáculos de teatro e dança, oficinas de alimentação, música, meio ambiente e tecnologias e artes, bate-papos, vivências nas áreas verdes da unidade, trilhas e passeios turísticos. E, ainda, sessões de contação de histórias, encontros de capoeira e práticas corporais e esportivas.
O evento acontece entre sexta-feira e domingo (16 a 18/9), entre 9h e 21h, no Sesc Itaquera – avenida Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1000, na zona Leste de São Paulo. A entrada é gratuita. Confira a programação completa aqui.
Peça Florilégio. Foto: Ricardo Avellar
