Jornalista do Alma Preta abre ação contra ataques do presidente da Fundação Palmares

Jornalista do Alma Preta abre ação contra ataques do presidente da Fundação Palmares

Confira nota da Rede Jornalistas das Periferias em apoio a Pedro Borges

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Tempo de leitura: 2 minutos

Texto por Ronaldo Matos / Desenrola e Não me Enrola. Foto em destaque por Alice Vergueiro / Abraji

Em meio aos constantes ataques à liberdade de expressão e ao direito à informação promovidos por representantes de entidades públicas fundamentais para a manutenção da democracia no Brasil, a Rede Jornalistas das Periferias manifesta seu apoio ao jornalista Pedro Borges.

Borges é co-fundador e editor-chefe do Alma Preta, portal de jornalismo focado na cobertura da população negra e periférica no Brasil. A iniciativa compõe a Rede Jornalistas das Periferias, assim como a Periferia em Movimento.

Na última sexta-feira (22), o jornalista apresentou 2 ações judiciais contra Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares. A entidade completa 32 anos de existência neste mês e tem a importante missão de zelar pela preservação da história da cultura afro-brasileira. 

Camargo bloqueou o perfil de Pedro Borges no Twitter, além de ofendê-lo no canal. Saiba mais aqui.

As ações solicitam o desbloqueio de acesso à conta do gestor público no Twitter, com fins de garantir o direito à informação, liberdade de expressão e o exercício de profissional de imprensa.

Também pedem indenização por danos morais em decorrência dos ataques e ofensas sofridas pelo jornalista.

A Rede Jornalistas das Periferias considera fundamental zelar pela preservação de conquistas democráticas, como a Fundação Cultural Palmares, uma entidade pública criada com base em argumentos sólidos do movimento negro brasileiro, que visam garantir o direito à memória ancestral da população negra, que representa mais de 50% da população brasileira. 

A Rede acredita que garantir o direito de contar a história da população negra no Brasil contribui para fortalecer um campo do jornalismo que visa uma esfera pública mais participativa, inclusiva, diversa e coerente com as diversas manifestações culturais e étnicas que fundamentam a história do País.

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