SP: Para 85%, pandemia escancara que cidade precisa reduzir desigualdades

SP: Para 85%, pandemia escancara que cidade precisa reduzir desigualdades

Veja dados da pesquisa da Rede Nossa São Paulo

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Tempo de leitura: 4 minutos

Por Thiago Borges

Cerca de 85% da população de São Paulo concorda que a pandemia de coronavírus deixou claro que a cidade precisa investir na redução das desigualdades; 84% dos moradores acreditam que é essencial que as decisões políticas sejam baseadas em conhecimentos científicos e técnicos; e apenas 21% acham que já está na hora de relaxar as medidas de isolamento no município.

Os dados fazem parte da terceira parte da pesquisa “Viver em São Paulo – Especial Pandemia”, realizada pela Rede Nossa São Paulo e Ibope, e que foi divulgada nesta quinta-feira (06/08). O levantamento foi feito entre os dias 20 e 28 de julho com 800 internautas paulistanos das classes A, B e C, de diferentes regiões da cidade.

O estudo revela também que, para superar a crise gerada pelo coronavírus, 48% defendem aumento do investimento no Sistema Único de Saúde (SUS) pela Prefeitura de São Paulo. Outros 45% querem a criação de políticas de proteção econômica à população mais vulnerável, trabalhadores autônomos, domésticos e informais.

Serviços públicos

Sobre a possível volta às aulas presenciais em setembro, 63% dos entrevistados são contra enquanto 26% são favoráveis. Entre os contrários, 61% não acreditam que valha a pena arriscar a saúde de estudantes e trabalhadores, 58% não consideram possível manter o distanciamento social entre crianças pequenas e 43% não acreditam que a rede pública tenha condições de higienizar os ambientes.

Para garantir a segurança no transporte público, os entrevistados acreditam que a Prefeitura de São Paulo deveria higienizar os meios de transporte com maior frequência e aumentar a frota de ônibus em circulação (41%).

Pandemia: maioria da população paulistana é contrária ao retorno às salas de aula (Foto: Reprodução)

Dor de cabeça

Entre as principais preocupações apontadas pelos entrevistados, caso a pandemia e o distanciamento social se prolonguem pelos próximos meses, lideram: a possibilidade de não conviver com familiares e a amigos por tanto tempo (46%) e não conseguir tratamento médico para doenças não relacionadas ao coronavírus (38%).

Não conseguir um emprego ou perder o emprego atual tiram o sono de 29% dos entrevistados. Apenas 4% dizem que não têm nenhuma preocupação.

Enquanto isso, 62% dos entrevistados dizem que continuam fazendo o isolamento social, enquanto 32% deixaram de fazer e 6% já não faziam. Nas últimas semanas, 41% saíram de casa para fazer compras no comércio de rua e 34% para trabalhar.

Pandemia: maioria da população fica maior tempo em casa (Foto: Reprodução)

O uso de máscaras (92%), de álcool gel (81%) e o respeito à distância mínima entre pessoas (72%) são as principais medidas de proteção adotadas.

Entre os que estão isolados, 68% dizem que saem na rua apenas para tarefas essenciais. Já 42% continuam em casa, pois não confiam nos dados que embasam a reabertura econômica. E 32% compõem ou convivem com quem está no chamado “grupo de risco”.

Com a pandemia, 45% passaram a valorizar mais o comércio local. Outros 32% passaram a prestar mais atenção nos serviços públicos disponíveis ou que faltam no bairro. E 11% têm mais vontade de participar das decisões políticas sobre o território.

1 Comentário

  1. […] Em 2020, a fragilidade dos conceitos neoliberais (que defendem a absoluta liberdade do mercado com pouca intervenção do estado) ficaram mais evidentes, não só pela influência na crise de 2008 nos Estados Unidos que atingiu o Brasil em meados de 2012, mas pela pandemia do coronavírus. […]

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